quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Delírio Doce
O manto que cobre
este rio que corre...
não se faz nobre
pelo fato de existir
antes de tudo
morre sem poder antever o porvir
já não me dá banhos
de mãe-natureza
já não enche bocas
com sua beleza...
o rio já não corre
morre e mata
peixes, gente, matas
em troca de sinistras
e nefastas bravatas...
Usam gravatas e assinam
Assassinam a Mata
Licenciam barreiras rachadas
incertezas que cobrem rochas
o rio morre,
o povo morre
o criminoso debocha...
cataratas de lama
lodo químico borbulha
o rio-animal sofre
o peixe-rio sofre
o rio-homem arrasta-se
sem forças
o rio-rio que adoçava
as bocas dos peixes
é só mais um descarrego
a nós, o medo
de que outros rios virão.
(Por mim já deu!)
(Por nós já deu!)
(Por uns Ateus!)
(Por outros Deus!)
outros amargos rios virão!
A oito mãos por:
PAR + Dani Da Terra + Dante Pincelli + Roberto Fernandes
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