O certame chega em sua metade...
Caros
poetas, para a próxima rodada, escrevam uma poesia homenageando o lugar onde você
nasceu ou viveu ou vive (casa, bairro, cidade etc).
Os poemas devem ser enviados até 2ª feira dia 07/05, às 23:59 h.
Os poemas devem ser enviados até 2ª feira dia 07/05, às 23:59 h.
&*&*&*
O poeta
que vencer esta rodada ganhará um livro de poesias.
o comentarista que acertar o vencedor da rodada e chegar mais próximo da pontuação atingida (de 24 a 60 pontos)
o comentarista que acertar o vencedor da rodada e chegar mais próximo da pontuação atingida (de 24 a 60 pontos)
Ganhará revistas
COQUETEL.
&*&*&*
Onde
estará a rainha que a lucidez escondeu?
Apresentação: Paulo Acacio Ramos
a ninguém
interessa mais se a rainha é louca ou se a beleza é pouca,
o que
querem é perder de vista a culpa e o desgoverno, da família real,
da vida
real e da inexistência, surreal, de um amor que valha a dor...
Onde
estará a lucidez que a rainha escondeu
pouco
importa se a rainha tem buceta, anda de bicicleta ou chupa sorvete
se é a
musa da poesia de um josé, das cusquices de uma maria ou se é
página
virada de uma das muitas publicações da imprensa cor de rosa...
Supus-te
mágica
à tona de
um rio
a flutuar
etérea,
eterna e
louca.
Adivinho-te
trágica
perdida
num bosque
adormecida
a sonhar,
interminável
e louca.
Ver-te-ei
música
à volta
dos planetas
desfeita
em partículas,
quântica
e orgânica,
universal
e pouca...
ninguém
quer ver a rainha no espelho, seus olhos vermelhos, as rosas nas
mãos da
santa, as rosas nas mãos da puta, as rosas, as chagas, as rugas
e o nariz
adunco da bruxa, o cabelo desgrenhado das loucas, no fundo dos
mares ou
no topo dos edifícios todas as rainhas são loucas, mas, onde se
pode
encontrar a rainha que a lucidez escondeu???
PAR – PT
“Beijo Partido”
(Toninho Horta)
Sabe? eu não faço fé nessa
minha loucura
E digo: eu não gosto de quem
me arruína em pedaços
E Deus é quem sabe de ti
E eu não mereço um beijo
partido
Hoje não passa de um dia
perdido no tempo
E fico longe de tudo o que
sei
Não se fala mais nisso
Eu sei, eu serei pra você o
que não me importa saber
Hoje não passo de um vaso
quebrado no peito
E grito:
Olha o beijo partido
Onde estará a rainha
Que a lucidez escondeu,
escondeu?
&*&*&*&*&*
Os concorrentes
&*&*&*&*
“onde
estará a rainha que a lucidez escondeu?”
(Andrade)
LUCIDEZ (BRANCAS)
LOUCURA (PRETAS)
(Clique na imagem
para
ampliá-la.)
Cxc4
Por
amor
A
loucura permite a razão
Intervir.
Livrei-te
da hipócrita lucidez
Agora,
sob meu domínio,
Terá
vida outra vez.
Transporto-lhe,
rainha
Pra
mente de Dalí
Num
sonho narcísico distante daqui.
Bd1
+ +1-0
Sedenta
loucura
Acolheu
o meu cordeiro
Como
quem retribui uma mesura
Clara
vitória,
Eterna,
a minha glória:
Xeque-mate.
&*&*&*&*&*
“ONDE
ESTARÁ A RAINHA QUE A LUCIDEZ ESCONDEU?”
(Reyú
Maôro)
ONDE
encontrar o que se perdeu nos aNOS
ao
longo de Manhãs, Tardes e Noites?
ESTARÁ
Matilde em meus profundos ALMAZÉNS
esquecida
e largada no Sul indefinível?
A
RAINHA Solene de minha Tarde em tempos CHUVOSOS
QUE
nos sonhos pude chamar DE MINHA,
fora
esculpida por um carpinteiro de sonetos
que
fez germinar em mim sementes valiosas.
A
marca dos ‘dentes da literatura’ será eterna,
mas
a musa-imagem embaçou.
A
LUCIDEZ transpôs a INFÂNCIA.
apagou
a silhueta nos meus ‘honrados talões’
ESCONDEU-a
no tempo,
Levando
seu aroma com o vento.
&*&*&*&*&*
“onde
estará a rainha que a lucidez escondeu?”
(Scott
b. Coffe)
Os
Valetes revistam
cada
canto da casa,
cada
cômodo
onde
a Rainha se esconde.
Os
Valetes morrem de medo.
A
Rainha morre de rir.
Quando
a lucidez desfizer
a
brincadeira,
aí,
então, a Rainha
poderá
sair.
&*&*&*&*&*
"Onde
estará a rainha que a lucidez escondeu?"
(Sofia
Amundsen)
tudo
que é
não
é na exata
medida
em que é
sendo.
Onde
estará a Rainha que a lucidez escondeu?
a
Rainha lúdica lúcida
que
escorre as oposições metafóricas
no
sapo esconde-se o príncipe
que
esconde-se à princesa,
onde
escondem-se as Rainhas
escondidas
no resto
do
mundo
inteiro
Morto,
frio
como
quem dorme
há
muito
estático
circular
onde
somos ou não
Da
terra a nota musical
singrou
as fúrias da certeza
e
fez-se certa
à
vontade de morte
a
rainha cai
e
raia
&*&*&*&*&*
“onde
estará a rainha que a lucidez escondeu?”
(Cachorro
de Rua)
a
fria lucidez que fatia as emoções
e
a camisinha no prazer
a
rainha imaginação sequestrada
trancada
num calabouço
vendada
e amordaçada
seu
resgate é um sonho
solidão
seu carcereiro
o
amor o cavalheiro
que
libertou a rainha de seu cativeiro
é festa no reino da loucura
carnaval
de máscaras e pinturas
louco
e quem nunca se entregou a uma aventura
&*&*&*&*&*
Onde
estará a rainha que a lucidez escondeu?
(
Emanuel Ferreiro)
Oh,
ela veio em vão.
Não
há sentido na loucura
De
viver procurando-a.
Tanto
tempo perdido
Em
busca de paz.
De
que valeu acreditar
No
fim da solidão?
O
coração, desgovernado,
Mete
os pés pelas mãos.
Não
dê ouvidos a ele
Se
por acaso o defrontar.
Só
a razão deve reinar
A
partir de agora.
Tudo
que abril
Um
dia termina.
&*&*&*&*&*
“onde
estará a rainha que a lucidez escondeu?”
(Bené)
Com
toda sua majestade
Onde
estará a rainha louca?
Foi
encontrada morta
No
chá das cinco.
A
lucidez lhe deu uma nova coroa:
A
de flores.
&*&*&*&*&*
“Onde
estará a rainha que a lucidez escondeu?”
(Erato
Poeta)
Debaixo
da língua da lucidez se escondeu a loucura.
No
esgueirar do dia ela se levanta,
bela
e esguia para contemplar a noite
e
ri do erro gramatical dos poetas,
do
tema mal interpretado
que
o campo vertiginoso das imagens desenha.
É
ela a rainha.
A
dama solitária que tece mantos para o Rosário.
A
que despetala girassóis
como
quem desfaz o amarelo de telas recém pintadas
ou
descasca a unhas, doces laranjas de contentamento
ardendo-se
no sumo do desespero.
No
entorpecido existir das papoulas está escondida,
no
cativeiro de sonhos, no devir de miragens.
Por
detrás da cortina dos olhos da lucidez se escondeu a
loucura.
Petalada
com finos cortes de cetim,
toda
faceira poda, imperfeitas rosas vermelho carmim.
&*&*&*&*&*
“Onde
Estará a Rainha que a Lucidez Escondeu?”
(Turrinha)
Nos
jardins de Strauss
Desabrocham
Milagres
da razão.
Na
colméia órfã
Se
debatem prosélitas operárias
E
deslumbradas voejam
Em
torno da cruz iluminada
Sob
o foco de novíssimos neons.
Prenhes
alvéolos
De
néctar evolucionista
O
materialismo apaga
Antigos
archotes.
Triunfantes,
por traz dos bigodes,
De
mãos dadas
Darwin
e Nietzsche
Sorriem
enfim...
&*&*&*&*&*
"ONDE
ESTARÁ A RAINHA QUE A LUCIDEZ ESCONDEU?"
(Annie
Alexandre Guerra)
Um
belo e doce poema
é
escrito com esmero,
ofício
dedicado
das
abelhas operárias.
A
geleia real, também feita por elas,
renova
sempre o corpo
de
quem vitaliza
a
colmeia inteira de poesia.
&*&*&*&*&*
“ONDE
ESTARÁ A RAINHA QUE A LUCIDEZ ESCONDEU?”
(
J )
Eu
matutava com os meus pensamentos
Dos
tempos quando ainda menino
Ao
redor só observava e escutava
Quando
interrompia e falava
Ganhava
um carão
Então
falava sozinho com meus botões
Será
que a planta sente dor?
Meu
avô de longe me via e sorria
Com
a minha agonia em tudo saber.
Intrigado,
eu observava
O
velho cão totó, dormia e roncava
Sonhava
tremendo a pata
Na
escuridão totó tinha uma boa audição
Eu
sorria e me confortava.
Minha
irmãzinha brincava sozinha
Tinha
um amigo que só ela via
Sorria
e chamava ele de rei
E
ensaiava de rainha
Será
que ele existia?
Meu
pai..., hum, meu pai...
Ele
era uma represa, quase não falava
Vivia
no mundo de pouco falar
Sempre
me levava para pescar
O
teu silêncio eram conselhos.
Arrodiei
pelo oitão
E
parei próximo a cozinha
Vi
minha mãe sozinha
Pelejando
com o de-comer
A
emoção me invade o peito
Da
um nó na garganta e me faz tremer
Ao
ver seus cabelos grisalhos,
Aureolando
em coroa
A
rainha da lucidez
um
dia talvez
torne
a encontrar.
&*&*&*&*
&*&*&*&*
“Onde
estará a lucidez que a rainha escondeu?”
(Iniko)
e
das perguntas sobre o fim império
já
não sei
labirintos
de verdes musgos na propriedade real
não
conduzem ao esconderijo que abrigou aqueles que dançavam depois da chuva
depois
destas visões
não
me interessa nada mais
além
de saber
qual
é o lugar em que nunca estive
&*&*&*&*&*
“onde estará a rainha
que a lucidez escondeu?”
(Dante Pincelli)
hoje sou nada,
tudo me frisa frio,
tudo me foge fogo,
nem fada é-ssa-fada
carrega meu fardo
condão...
nada me afaga...
alma fraca de freio em
riste.
meu poema anda triste
solidão...
o coringa sujou a
canastra
real.
o rei está nu.
o valete embaralhado
em espadas,
morreu.
onde estará a rainha
que a lucidez
escondeu?
erato poeta....e cachorro de rua....e festa no reino da loucura
ResponderExcluirA finalização do poema de Andrade, aprisionando a Rainha no quadro ‘Metamorfose de Narciso’, de Dalí, foi uma jogada e tanto - de mestre eu diria! Amo o grande artista Dalí, e poder observar, somado a isso, o desfecho da poesia junto a um outro tabuleiro, ao fundo da imagem, foi impactante e genial! Parabéns ao poeta!
ResponderExcluirAposto em Andrade: 58 pontos!
ResponderExcluirBoto fé no Belíssimo poema de Erato Poeta... com 57 pontos.
ResponderExcluirAndrade com 58,5.
ResponderExcluirCachorro de Rua surpreende a cada rodada.
ResponderExcluirAposto nele com 54 pontos.
Que bom q vc encontrou ouro na sua garimpagem...agora ele e joia q reluz....vlw...bjs
ExcluirANDRADE, DESTA VEZ VOCÊ ARREBENTOU. SEU POEMA FOI MARA!
ResponderExcluirO Amor realmente é um jogo que não dá somente para se viver de platonismo ou sublimando o tempo todo... Tem que se haver atitude, e sair da superproteção de peões, cavalos, bispos e torre, e partir para o ataque de forma estratégica e eficaz com atitudes. A saber, o amor tem suas próprias regas... Parabéns! Aposto 56
Emanuel também vejo muito realismo em seu poema, esta rainha pra mim, seria a boa e velha paixão, que chega enlouquecida e se vai, deixando destroços. Contudo, o amor/paixão também é construído com lágrimas dores, esperança, alegria etc. Só pra testar sua solidez.
Caso não abril e terminou, ficou ao menos o aprendizado... Parabéns! voto 54.
Parabéns a todos.
Andrade, 59 pontos
ResponderExcluirSe se escreve em segunda pessoa, deve-se manter a escrita em segunda pessoa, se se escreve em terceira pessoa, deve manter-se a escrita em terceira pessoa... coisas como "Salvei-te para amar você!" simplesmente não existem, nem com a maior liberdade poética. Ou "Salvei-te para amar a ti!" ou "Salvei-lhe para amar você!".
ResponderExcluirAgradeço pelas apostas e pela confiança em meu poema na rodada.
ResponderExcluirSe o comentário acima foi em relação a um dos versos finais do meu poema, só um esclarecimento: há dois momentos no poema - o jogo de xadrez e a conclusão do resultado, dito 'na voz' dos jogadores Loucura e Lucidez. Por isso a mudança temporal.
O sacrifício da rainha é uma jogada arriscada no xadrez. A Loucura sabia que perderia o jogo, mas, mesmo assim, libertou a rainha das garras da Lucidez. Conforme comentaram acima, o amor está acima de tudo, sem regras.
Abraços!
Andrade
Andrade fez um trabalho de mestre com essa poesia/esquema/jogo/imagem, simplesmente demais
ResponderExcluirvoto nele com 57 pontos
Esse titulo não era fácil, mas os poetas souberam tratá-lo de maneiras singularmente especiais! Parabéns!!!
Eu nada comentei sobre TEMPO verbal, meu comentário foi à questão das PESSOAS verbais...
ResponderExcluir..."Livrei-te (TU - 2ª pessoa) da hipócrita lucidez
Agora, sob meu domínio,
Terá (VOCÊ - 3ª pessoa) vida outra vez.
Transporto-lhe (VOCÊ - 3ª pessoa) , rainha"...
E é só um toque que visa melhorar e apoiar as escritas em geral.
O tal do Dante que gosta de aparecer, como disse um anônimo num infeliz comentário de uma postagem anterior e, que o tal Dante, respondeu com maestria, merece aplausos com louvor.
ResponderExcluirNessa postagem acertou em cheio nas imagens que escolheu, da insanidade da rainha decadente ao surrealismo do Bosch.
Querido, apareça sempre assim, seu trabalho é magistral, como vc sugeriu ao anônimo, eu voltei as páginas desse blog e recomendo que todos façam o mesmo.
Trabalho de poeta maior.
Apaixonei-me por seus hai cais e as poesias mais delicadas que já li: sobre ser pai, sobre o seu quintal, um conto que me fez sentir presa dentro de mim mesmo.
Mais uma vez fica aqui a sugestão: VISITEM TODO O BLOG, VALE A PENA.
Me casaria com o Dante só pra ter mil poesias só pra mim, a sua musa deve ser de uma felicidade extrema.
Parabéns também aos poetas que participam desse concurso e dos que participaram do festival. Até percebi alguma semelhança entre os poetas de festival com estes aqui, mas sei que pode ser só imaginação.
Beijos pra todos, voltarei em breve.
que indelicadeza, o dante é casado. muito bem casado. não gostaria de ler "mecasaria com o dante".
ResponderExcluirSr Anônimo, agradeço a sua 'defesa', mas eu entendi a Angélica de outra forma. Acho que ela disse que se casaria só para ter poesias dedicadas a ela, não quis dizer que se casaria , efetivamente, comigo.
ResponderExcluirPelo menos é o que acho e, de mais a mais, nem nos conhecemos.
Mas obrigado em meu nome e no da Izaura, que não tá nem ligando pra isso.
Angélica seria um prazer te conhecer um pouco mais e fazer, ao menos uma, poesia pra vc.
Bom! Como mulher, esposa, companheira,,,,, do Dante, concordo com o Anônimo. Realmente é muito desagradável ler que alguém tem vontade de estar no meu lugar. Mas, o meu relacionamento com o meu Poeta favorito é grande e forte o suficiente para essas pequenas questões. Por isso, não se preocupem!
ResponderExcluirQuanto ao concurso, estou adorando ler todas as poesias. Me descabelo para dar as notas. É muito complicado avaliar uma obra de arte.
Beijos em todos
IZAURA CAROLINA
Aposto no Andrade com 57,5.
ResponderExcluirOi, passando por blogs descobri esse hj. Se soubesse antes também estaria participando! Que maravilha essa iniciativa, com poemas muito bem escritos e ótimos jurados, sabendo o que falam. Concordo com a maioria das coisas ditas. Vou divulgar e escrever mais aqui. beijinho.
ResponderExcluirAposto em Andrade com 55
Suellen
Angélica dos Anjos (redundante, não?) de angelical não tem nada! Querendo roubar o marido dos outros (no caso o dono do blog, vejam só!). Abre teu olho Izaura, tem gente querendo seu posto de musa inspiradora.
ResponderExcluir