sábado, 25 de agosto de 2012

1º tema do II festival Beto Miranda de poesias.

 
 
 
Olá poetas e leitores
inicia-se agora o 
 
II Festival 
Beto Miranda
de Poesias


O tema da 1ª rodada é:
 


LínguA'fiada.

 


Os trabalhos devem ser enviados, preferencialmente,
através das mensagens fechadas do Facebook para

Dante Pincelli O Velho


até o dia 31 de agosto de 2012 às 12:00 h.

 

e, no caso de um  arquivo mais detalhado, que exija formatação diferente, 
envie para o e. mail:

dantearte@hotmail.com.



*Não há nº máximo de caracteres, 
porém devem ser evitados os poemas muito longos,
 pois o blog necessita ser um veículo mais dinâmico.


*Os trabalhos podem ter um ou vário autores.


A responsabilidade da autoria dos trabalhos fica por 
conta de quem o enviou, eximindo assim, o blog de qualquer responsabilidade.

 



VIVA A POESIA!






sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Retrospectiva do I festival Beto Miranda de poesias. VI.





Aqui estão 4 poesias diferentes, de 4 poetas diferentes, de 4 rodadas diferentes do I Festival Beto Miranda de Poesias.





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“Sem Título”

 
(Jan Neves)






Ao susto, crenças do abismo,
somaram-se fatos, crenças do destino,
que trouxeram ao ser o desatino


e sufocando o então élan menino
fez-se do atavismo e do temor insano
o pessimismo orbe-urbe-humano
,




Rio de Janeiro-RJ





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“ENSAIO III”


(Ricardo Thadeu)





aquela meia-calça
aqueles óculos escuros


não há engano
nem efervescência


coloco a vida num copo
e deixo-a dissolver




Riachão do Jacuípe- BA





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”Cristal”
      
   
(Paulo Acácio Ramos)




Dança corpo
semimorto
neste entrudo
percussivo
abstracção do
abstracto
desconstruído
dói um corpo
que não sustenta
o arco celeste
em seus ombros
pescoço que estala
espalham-se
no chão
as vértebras
manhã clara
de quarta-feira
de cinzas.
Não sabemos bem
de onde, ou quando,
mas há de vir
de algum lugar
a vaga que levará
os restos dos
pesadelos, e
dos farrapos, e
dos grilhões da
esperança, a
qualquer momento,
em edição especial,
ou em programação
normal com o melhor
do carnaval.





Trofa-PT





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“quarta”


 (Dante Pincelli)
(Para leila Gross
 que amanhã faz 
mais um aniversário)





dançando você não tava!
aí telefonei,
sua voz acalmou
e trouxe presença
(queria saber teu cheiro)...


então, à noite,
dormi
e quase sonhei contigo.



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“miércules”


(Dante Pincelli)
...........................................(para Leila Gross)





bailando usted no estava!
entonces telefonie,
tu voz acalmo
y trajo presencia
(queria saber tu olor)...


em la noche
dormi
y casi soñe contigo.




Macaé –RJ



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(Nos próximo post, mais 4 poesias diferentes,
de 4 poetas diferentes, de 4 rodadas diferentes,
do I Festival Beto Miranda de Poesias.)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Retrospectiva do I festival Beto Miranda de poesias.V.







Aqui estão 4 poesias diferentes, de 4 poetas diferentes, de 4 rodadas diferentes do I Festival Beto Miranda de Poesias.




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" la mala educación"


(Thiago Cervan)





volver e vou ouvir
dentro do compasso
trinta e cinco por dezesseis milímetros
a harmonia do movimento do som da foto
poltrona pipoca coca
mão no ombro
mão no cabelo
mão na coxa
beijo
lanterninha


the end





Atibaia- SP




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“Sessão das duas “


(Camila Furtado)





Deleite para teus olhos
Meu coração, poesia na tela
Que chora, ri, se desespera.


História clichê
Que hoje em dia
Ninguém ousaria filmar
É drama, suspense, romance
Roteiro clássico para um film noir.


Imagens em preto e branco
Que o tempo emudeceu
sequência mal elaborada
Na qual o mocinho morreu.


Eu, que pouco sei atuar
Dei o melhor de mim
Enquanto você já sabia
Que não haveria vida após o FIM.






Rio das Ostras-RJ




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“Cócegas”


(Marcelo Asth)






Quando, às cegas, na noite tateia,
Meu corpo alegre em cócegas ri.
Teus dedos vêm contar-me uns segredos...


Me convulsiono, tímido a descobrir
Que esses dedos contam-me convites
Pra passear em ti a nos sentir.


Parte de mim treme terremoto
E de minha boca saem estrondosos risos,
Quando teus dedos por mim passeiam
Despertando a pele em teu terreno liso -
Que se disfarça em pêlos assustados
E se reveste cheia de bolinhas.


E de tanta cócega e cosquinha,
Me acostumo e controlo o tremor
Ao repousar a tua mão na minha.


E os dedos,
A tatear torpor...






Rio de Janeiro-RJ




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“GARGALESIS”


(Lohan Lage Pignone)





Cocega-me,
O riso sinaliza o perigo
A invasão
Mecanismo de defesa
Deste corpo-prisão.


O alarme dispara:
Gargalesis.
As grades:
Sorrisos de ferro na vertical.


Cocega-me,
Permito-lhe
Assalta-me os dentes
E minhas velhas obturações
Assalta-me as lágrimas
Das risadas aos borbotões.


Cocega-me,
Quero rir em demasia
Mesmo sem vontade, provocado
Por teus dedos híbridos.


Cocega-me,
Minha fisiologia responde
E os sovacos de minh’alma
Não sentem nada.






Trajano de Moraes-RJ






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(Nos próximo post, mais 4 poesias diferentes,
de 4 poetas diferentes, de 4 rodadas diferentes,
do I Festival Beto Miranda de Poesias.)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Retrospectiva do I festival Beto Miranda de poesias. IV.








Aqui estão 4 poesias diferentes, de 4 poetas diferentes, de 4 rodadas diferentes do I Festival Beto Miranda de Poesias.



“o-fusca”


(Dante Pincelli)




noite chã

de asfalto e rodas...



o néon refletido

na marmita

de farinha que amalgama

a água rala do feijão

e o pálido, frio e cadavérico arroz...



um tamborim tracaracatraca

ao longe

enquanto a cuíca engasga

confete na garganta...



os pés soldam o concreto

em mil novecentos e setenta e sete...




Macaé –RJ.




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“um mais um”


(Ricardo Prins)






"ó doce rainha do tempo
far-te-ei parte d'eu mesmo..."
isso assim dizia ele,
como quem diz o doce a esmo
no cair das belas máscaras


e pasmo, parnasiano e cansado
por dois momentos irritado,
ouve o humilde interlocutor:
"és pois, então casado?"
veio a funesta pergunta.


"venha, venha pois ser d'eu rainha"
mas ela sabe que sem ser dele "a minha"
haveria assim de sê-lo. e sem sê-lo,
sem selo, nem contrato ou trato -
não, apenas dar um trato. uma noite.


e, de misturar-se pois na água,
fica no azeite o nada.
finda-se a mistura falsa e vazia,
sem nem um gosto de tudo
nem a sobra
nem gosto
nada.




Curitiba –PR



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“sem título”


(Maria Clara Coelho)





Letras sóbrias
cantarolam
o que restou do ontem
Não lembram
foi sonho
aconteceu


memória misturada
verdades incertas


e a única alegria
que invade
é sem tempo


um copo.
vazio
deslocam
saudades
in loco


sorrisos
com jeito de sexta-feira
brisa abafada
da sala fechada
− Entenda, não é possível entender.
− Mas sinta, sinta o quanto puder.
− E minta o necessário.


Ele disse a ele
Eu disse.
Quem?
Algum
em outro aqui.



Rio de Janeiro-RJ




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“#2”



(Rafael Rodrigues)






quando
quase
tudo
certo
paro e
penso:




assim,
é isso mesmo?
isso mesmo -
assim?



Rio de Janeiro-RJ.






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(Nos próximo post, mais 4 poesias diferentes,
de 4 poetas diferentes, de 4 rodadas diferentes,
do I Festival Beto Miranda de Poesias.)