Prevejo-te
a adivinhar-me
A
fazer-me esquecer-te
Desvelo-me
em segredos
Revelo
meus azedos.
Atiro-me
em ti
Azul
meteórico.
Não
guardo segredo
Sou
o arvoredo
Que
dormiu mais cedo
Pra
não curvar-se
Ante
a ventania.
Retiro-me
em ti
Azul
metafórico.
Sou
jabuti
Antônio,
eufórico.
O
tempo é simbólico.
Deitas
sobre mim, essa cara
De
embolia pulmonar
E
doença terminal,
Como
se fosses uma semente
Que
não brota.
Pois
que caiu sobre a pedra bruta.
Deitas
sobre mim esse olhar
De
dinossauro faminto.
Deita…
Deita
sobre mim
Algo
que seja teu
Tão-somente
teu.
Deita
sobre mim e esquece
Ou
finge que esqueceste
Mas,
ainda melhor,
Esquece
tudo o que fingiste.
Eu,
sob teu deitamento
Finjo
que gosto
E
nesse gostar pretendido
Ser
um ser que devia ser
Ou
que querias ter…
Mas
não, apenas não.
Não
há qualquer possibilidade.
Não
há mais quase nada.
Que
se possa pretender
Que
estivesse a contento
E
ao sabor do vento…
Nenhum
possível movimento.
Nem
um possível envolvimento.
Paulo Acácio Ramos + Dante Saraiva Pincelli
141430112016
Nenhum comentário:
Postar um comentário