num curto espaço
não curto o espaço
no louco mormaço horrorizo e anarquizo
n'avenida brasil...
se não houver mais zona
nem trânsito na lona
daqui pro ano dois mil
eu não mais horrorizo
só anarquizo e arborizo
àvenida brasil...
danço uma contradança
em contratempo bem lento...
em cada metro de passarela
em cada faixa amarela
do asfalto
grito alto
à cada carro que passa
jogando fumaça
n'atmosfera de abril
no céu cinza-triste
d'avenida brasil...
1984
escrito no banco do ônibus S. Vicente X Central, na altura de Bonssucesso.
hoje mesmo passei por ela! mormaço, fumaça, passarela!
ResponderExcluirParabéns, Dante! Sua poesia está sempre antenada com o espaço e tempo da cidade do Rio de Janeiro, desvelando o céu e o inferno no seu aqui e seu agora.
ResponderExcluirE dos teus versos, faz-se canção.
ResponderExcluirQuero musicar!
Do arrastão na avenida, é ferida, tá falida, vive perdida. Eis que surge a suicida avenida de sobrenome brasil.
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ResponderExcluirUm mil novecentos e antigamente, parabéns e um gd abç.
Jorge Luiz