quinta-feira, 30 de junho de 2011
"haicais 3" (a vingança)
quarta-feira, 29 de junho de 2011
"haicais 2" ( a missão)
no pé de goiaba:
voa e sabe cantar
o sábio sabiá.
“é doce morrer no mar”
‘florada”
”hibisco”
flor de hibisco:
borboletas lilases
roubam o néctar.
“dois anjos”
conheço dois anjos:
‘passarada”
frutificação:
de tanta fruta, as árvores
quinta-feira, 23 de junho de 2011
o velho e o tempo
o tempo impiedoso e rápido
corrói
austeridade de rochas
fragilidade de gente...
implacável e voraz
é capaz de desfazer
toda a beleza
da calma sábia
que transborda
da nossa longevidade...
solto entre eras
as rugas
me dobram a pele
multiplicam meus desejos
de, um dia, não ser mais fome, frio , medo nem dor,
só saudade ...
terça-feira, 21 de junho de 2011
"tudo teu".
sábado, 18 de junho de 2011
"na-morada do meu verso"
sexta-feira, 17 de junho de 2011
"xote em 4 acordes".
segunda-feira, 13 de junho de 2011
"não"
sexta-feira, 10 de junho de 2011
"escrever é..." (fragmento)
...escrever é a lição, a ligação entre o que está e o que é, entre o que vai dentro e o que aflora alm’afora,,,escrever é não poder conter, é o contrário de ter força, é ser fraco ao ponto de não conseguir segurar o que se pensa, o que se sente,,,escrever é descer todos os degraus da vaidade, do egoismo,,,escrever é dividir,,,escrever é estar inconformado e parir ao mundo algo que lhe faltava,,,escrever é amar,,,escrever é sofrer de amor de escrever,,,escrever é a lição, a ligação entre os céus e os patos, entre as botas e o barro, entre o sopro e o homem, o homem e sua costela,,,escrever é divino...
2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
"canção do ar".
Izaura é linda
quinta-feira, 2 de junho de 2011
"o que não pode ser"
o que não pode ser dito
nas fendas do tempo
desfaz-se aos poucos
o oco...
o laço mal feito
o peito enganado
o sentido arquivado
a falta de gosto
o oposto...
o que não pode ser dito
a transparência envidraçada do peito
transmite em sons possíveis
ao olhar irresistível
do puro-objeto do falar...
o encantar.
a cama desarrumada
o copo vazio
a roupa suja
a cárie
o coma
o beijo negado
suores correntes
o esquecer...
o que não pode ser dito
nem pode ser escrito
nas entrelinhas de um samba
nunca se cala...
breque!
obrigado bateria...
2011