segunda-feira, 7 de julho de 2014

Xaile de Prata


O Fim da tarde me trouxe fio de frio em teia de aranha muito quieta e à espera... Fiei quase imóvel um xale em pedra pra quedar-me estátua de espera de esquina de verão. que nunca mais vem que nunca mais deita seus raios sobre as costas nem te deixa fazer as coisas que gostas. Esperar é uma tola aposta. mesmo quando já seja conhecida a resposta. Suportar a espera como o arco da catedral submersa... Sob os pés do dia anterior... Sobre a cabeça do cristo redentor desmoronado que já se esqueceu de onde vem quem chega para onde iria quem fica... desgovernado Para onde irá quem fica... desgovernado a sós? Transforma assim uma afirmação numa interrogação genérica... é isso? Talvez sim, quem sabe? Fim da conversa.

PARDante

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