O Fim da tarde
me trouxe fio
de frio em teia
de aranha
muito quieta
e à espera...
Fiei quase imóvel
um xale em pedra
pra quedar-me
estátua de espera
de esquina de verão.
que nunca mais vem
que nunca mais deita
seus raios sobre as costas
nem te deixa fazer
as coisas que gostas.
Esperar
é uma tola aposta.
mesmo quando
já seja conhecida
a resposta.
Suportar a espera
como o arco
da catedral
submersa...
Sob os pés
do dia anterior...
Sobre a cabeça
do cristo redentor
desmoronado
que já se esqueceu
de onde vem quem chega
para onde iria quem fica...
desgovernado
Para onde irá quem fica...
desgovernado a sós?
Transforma assim uma afirmação
numa interrogação genérica...
é isso?
Talvez sim, quem sabe?
Fim da conversa.
PARDante
PARDante
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