As flores em teu corpo
tem um outro cheiro
assim de quem é inteiro
como se fosse canteiro
Cheirar botões na refinada
língua de Camões
canhões não impedem
o gosto de ter-te aromático
Cheirar-te aos montes
como versos Drummond
como pedra de tropeçar
pedra de saltar acrobático
Num necessário Pessoa
de essência poético-húmida
incenso que sopra suas rimas
como cheiro doce nas narinas
Florbela de unguentos febris
que a brisa nos trás benfazeja
e deixa na pele perfumes
que fazem sonhar perdido por ti
Fazer de teu aroma vício
e jurar-te fidelidade à pele
e tocar-te delicadamente
como um soneto Vinícius
Narinas pra que as quero
bolero à luz do luar
numa breve rima me esmero
num ledo verso do VELHO PAR.
Dante + PAR
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