Vivo, penso, canso... quase desisto.
Olho,rio, troco... sigo sem quê...
Bato minhas asas de barro
sobre o escárnio dos que pesam no chão.
Bato, sofro, rolo... quase me afogo.
Diz isto... ou diz aquilo!
Olho para um rio que troca seu fio e
Asas que me trazem o céu
para os olhos cansados
de tanto não, não sei, não.
Afogando-me, bato os braços
sofro falta de ar e rolo no barro...
Barro, berro,birra... quase inexisto
lua, escada, concreto... quase descaminho?
Me arrasto, voo, aterro chão sem asas,
desejo dois ou três dias
e um canto de cama,
um rodapé de tua casa.
Daqueles reservados
a quem se ama e espera!
Enquanto isso teço uma coberta de espera
em retalhos sutis de ansiedade.
Enquanto isso teço uma coberta de tempo
em retalhos sutis de ansiedade.
Se assim pudera e assim fora...
ai quem me dera, meu amor
quem me dera, quem me dera.
Uma colcha dos retalhos
da tua escrita, dos desenhos
da tua pele ou dos nós do teu cabelo
que resiste, brando, ao vento.
PAR + Dante
09.01.2015
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