Oceânidas
Meu
cuspe borbulha tua fenda
Faz
bolhas estoura e escorre
Meu
sangue pára e meu leite
Corre
em tuas entranhas
Navega,
esperneia, esparrinha
De
brancos teu rosa-cheiro
Teu
peixe, tua posta, teus belos filés
Num
viés que enverniza-me
Que
inferniza-me na hora em que não te tenho...
Me
empenho numa impossibilidade
Por
distância, por oceanidade.
A
verdade é nua como eu
Crua
como tu…
Poesia
é profundamente azul.
Paulo
Acácio Ramos e Dante Pincelli
Maio
2016
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