Stella Monteiro
O tema desta rodada é
"ABSTINÊNCIA"
sugerido por
Redson Vitorino
Redson Vitorino
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"Furor"
(Izaura Carolina)
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"Furor"
(Izaura Carolina)
Macaé-Rio de Janeiro
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"Meu dia"
(Redson Vitorino)
Meu dia foi lindo
como um dia de caridade num hospício
Um show com a barriga
vazia vendo as crianças
famintas de batom tomando
lugar de cristo
Carimbado com a marca da
besta eu sorri quando a
lágrima que escorria era só
mais uma inundação
A estética do sofrimento que
se disfarça com um punhado
de notas no quinto dia útil
Foi meu dia como manhãs
orvalhadas do meu túmulo natal
Resistência queimada e
água salgada sob a pele
negra lembrando que foi escrava
O meu dia foi tão lindo
quanto um dia de caridade num hospício
O chão que não é derrota
enquanto os pés tateiam
livres outra moda
Outra derrota assistida
em algum tubo na esquina
Brindo os arranhas céus que
não chegam nem perto dos pássaros
Meu dia foi tão bonito
como um dia de caridade num hospício
Petrópolis-Rio de Janeiro
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"Nada a Dor"
(Paulo Acácio Ramos)
(Paulo Acácio Ramos)
Trofa-Portugal
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"necessidade"
(Dante Pincelli)
me abstenho da escrita, o que tenho não saltita, me empenho, faço fita, mas de onde venho, é maldita, a sina de quem cita, incita ou insinua, mesmo que crua, a sabedoria rebuscada, a visão mais ousada, a opinião abalizada, a inesperada teoria, o balde de água fria em quem só queria a simplicidade, em quem já sabia a 'verdade', como mais que a metade do mundo conhecido, a qualidade do que for dito, o mito tornado real, o grito amoral, o infinito consensual... afinal quem, como eu, nasceu e cresceu ali, não pode ir muito além daquilo, porém meu ego tranquilo, que outrora encontrou asilo na escrita, hoje evita que seja dita qualquer palavra que comprometa o passado, que cometa algo errado e, escolhe o lado do iletrado...permaneço calado...
Macaé-Rio de Janeiro
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"ABSTINÊNCIA"
(Jan Neves)
Da privação que chega aos sentidos
Afloram gemidos escondidos n’alma.
E não há calma que apascente o drama
De suportar todo meu ser em trauma.
Da reivindicação contrita vem um grito que se cala
e do desespero interno vem a dor que trava a fala
Na urgência de satisfazer minha carência,
Em choque e envolto em tal querência,
É que sinto de meu nervo o estremecer.
E é na falta que encontrei valor no ter.
Rio de Janeiro-Rio de Janeiro
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"Abstinência"
(Ivan Placido)
No ápice da loucura,
De pernas para o ar,
Há quem diga que perdura,
De verdade queria voar...
Mas como se faz sem candura?
Só um anjo me levaria tão alto...
Iria sem medo de me arriscar,
Pois em ti encontrei respaldo...
Querendo apenas contigo estar.
Como os que deixaram de existir,
Como os seres que aqui estiveram...
Me pareceu utopia,
Ter você, por completo.
Queria erguer a cabeça,
Quando dei por mim, um delírio trêmulo me tomou,
Queria estar em teu colo,
Porém, sozinho estou.
Disforia transitória, que toma conta de mim,
Nos fios crepúsculos de teu cabelo,
No balançar de cadeiras,
Na tua pele de marfim...
Nem na falta de um opiáceo,
me abstêm assim,
Sem eira, em uma loucura só,
Mas sem tu, viro pó.
Sinto falta do teu mantra em mim...
Como fênix nem um pouco sou,
E das cinzas jamais poderei ressurgir,
Das loucuras de que me fodem a cabeça...
A única que preciso, é de ti.
Belford Roxo-Rio de Janeiro
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"MARÍNTIMO"
(Rai Blue)
Tua boca me assalta
quando atravesso a noite alta
tem gosto de povo
cachaça
da solidão das ruas
de madrugada
e o mar ejaculando nas pedras
respingando em meu ventre.
Tua boca me morde
como essa angústia de ser
sempre outra
que se move
para longe
nó
náusea
tão náutica minha carne
nessa hora
à deriva explora
tua ausência
como de costume
costumiza o tempo
num bordado marÍntimo
de pelo e sal. .
Salvador-Bahia
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"ABSTINÊNCIA"
(Jan Neves)
Da privação que chega aos sentidos
Afloram gemidos escondidos n’alma.
E não há calma que apascente o drama
De suportar todo meu ser em trauma.
Da reivindicação contrita vem um grito que se cala
e do desespero interno vem a dor que trava a fala
Na urgência de satisfazer minha carência,
Em choque e envolto em tal querência,
É que sinto de meu nervo o estremecer.
E é na falta que encontrei valor no ter.
Rio de Janeiro-Rio de Janeiro
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"Abstinência"
(Ivan Placido)
No ápice da loucura,
De pernas para o ar,
Há quem diga que perdura,
De verdade queria voar...
Mas como se faz sem candura?
Só um anjo me levaria tão alto...
Iria sem medo de me arriscar,
Pois em ti encontrei respaldo...
Querendo apenas contigo estar.
Como os que deixaram de existir,
Como os seres que aqui estiveram...
Me pareceu utopia,
Ter você, por completo.
Queria erguer a cabeça,
Quando dei por mim, um delírio trêmulo me tomou,
Queria estar em teu colo,
Porém, sozinho estou.
Disforia transitória, que toma conta de mim,
Nos fios crepúsculos de teu cabelo,
No balançar de cadeiras,
Na tua pele de marfim...
Nem na falta de um opiáceo,
me abstêm assim,
Sem eira, em uma loucura só,
Mas sem tu, viro pó.
Sinto falta do teu mantra em mim...
Como fênix nem um pouco sou,
E das cinzas jamais poderei ressurgir,
Das loucuras de que me fodem a cabeça...
A única que preciso, é de ti.
Belford Roxo-Rio de Janeiro
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"MARÍNTIMO"
(Rai Blue)
Tua boca me assalta
quando atravesso a noite alta
tem gosto de povo
cachaça
da solidão das ruas
de madrugada
e o mar ejaculando nas pedras
respingando em meu ventre.
Tua boca me morde
como essa angústia de ser
sempre outra
que se move
para longe
nó
náusea
tão náutica minha carne
nessa hora
à deriva explora
tua ausência
como de costume
costumiza o tempo
num bordado marÍntimo
de pelo e sal. .
Salvador-Bahia
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Atenção
todos os participantes do festival:
A 4ª (última) rodada do
II Festival Stella Monteiro de Poesias
Será de tema
"Livre"
(envie o trabalho que quiser)
Todos estão convidados!!!
Obrigado a todos que participaram até aqui:
Vocês fazem a diferença.!!
A 4ª (última) rodada do
II Festival Stella Monteiro de Poesias
Será de tema
"Livre"
(envie o trabalho que quiser)
Todos estão convidados!!!
Obrigado a todos que participaram até aqui:
Vocês fazem a diferença.!!
Está BELO BELO BELO...
ResponderExcluirQue rodada estonteante....divinas poesias....parabens a todos
ResponderExcluirJuntos formamos uma grande poesia... Obrigado a todos.
ResponderExcluirEstou muito feliz de poder estar no meio de tantos amigos e poetas divinos! Obrigado!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA poesia é coisa louca que enlouquece.
ResponderExcluirParabéns a todos os poetas desta fase.
Belos versos. Eloquentes.
Gritam... Surdam.
Luz e imensa paz.
Beijo na alma.
Cada rodada é um show de poesias, parabéns poetas.
ResponderExcluirJorge Luiz