pessoas, belas pessoas, não me escondam as pernas, as tropas, os trapos, os tipos sanguíneos, nem me façam feliz acidentalmente...beatles acabou, será? e falo ao beto miranda, que o som está dormindo, mas não morreu, onde estão as lindas letras metafóricas que tu tinhas entre os dedos e sob a língua? os corpus continuam livres... barish, cadê o solo concreto mais doce e dócil que o próprio som dos tempos celestes? e aí luis ruiz, onde está aquela juventude que almejávamos, amadureceu no pé da vida? sílvia de castro, a que distância fica o teu palco da minha plateia? sei não, queria te dar um beijo bem no meio do 3º ato, quando saístes gritando pelo corredor central (ail) arcádia iguaçuana de letras... lennon não é profeta, é poeta e, como tal, o amei num dia de sol em são joão de meriti... nas telas continuo me deleitando ao som, à cena de um moço belo de preto chaplin... e o sérgio que leia marcouse, ferreira gullar, caetano não foi parar em londres por acaso e ficou triste quando ouviu ton jobim, flauta, violão, joão, jorge, gilberto, ben, gil e, o meu violão não faz acordes dissonantes, o muro da vergonha me mata de vergonha e, eu sei lá que deitou n'areia de amaralina copacabana no momento hiroshima, bum, sacana!!! volto a olhar o espelho, espinho no pulso e tusso o pigarro dos beijos que me negastes... riva, as raízes foram cortadas, o seio da família perdeu-nos e seguimos caminhando em busca da vida, da morte, do corte e do sal (de frutas)... por gentileza, calma pois ainda estou pasmo, janete clair morreu, e agora, quem vai me ensinar o amor? e a tua cabeça? é... janete morreu mesmo... elis? quem disse que morreu, tá vívida, apesar dos olhos pequenos e boca grande... sorria pimentinha... o marconi tá meio atrapalhado de contentismo absoluto, a luna o faz rolar de rir com dentes na boca ou na bolsa tem mil coisas pra nos fazer brincar... a doçura do violão do barish e da vida da ana cigana da feira da barra, morena de amarelo, margarida, trança e flauta, fecho os olhos, sinto paz e quero mais... são vinte anos de sessenta e quatro golpes consecutivos entre o equador e o capricórnio... virgem, áries, leão...uma leoa de capricórnio do dia oito de oito brilhos verdes na ponta da faca dos olhos e no cintilar dos caninos e incisivos que há pouco, cravaram-se em minhas vias, veias, artérias vitais, vitrais a colorir, de luz, o corpo, a ponta obtusa dos seios que me ferem a língua e o céu (da boca), seja forte como os teus próprios dedos tocando o meu corpo, que mais uma vez se debruça morto sobre o teu... uma leoa de capricórnio, do dia quatro, de voz rascante e pernas velozes e força de quebra nozes e contando verdades e fantasias, custando a me beijar, mesmo quando quer, tenha paciência que os anos virão e a felicidade junto com eles e os gostos e prazeres a brilhar no meio de qualquer noite com ou sem estrelas e, teu rosto claro, como um dia de verão carioca, e as tropas de cabelos amarelos e vermelhos são como os fios de cabelos amarelos e vermelhos do pai sol do pai da filha e dos espíritos de porco que não querem que nos satisfaçamos e as náuseas me fazem corar de pena da pobreza vazia das almas dos porcos tortos da rua sem praça, sem casa, sem nada... os anos passam na velocidade do tempo calejado, marcado no rosto, pelo preço de dois, leva-se um e assim sucessivamente... o hernesto foi fuzilado sem chance de ir para o juizo final , fatal, apocalypse now e os berros e burros presos no varal e, talvez, amanhã os aviões não joguem bombas no meu quintal e a munição dos cowboys termine antes das flexas dos hippies cupidos da paz e do amor universal.
amém.
29/11/1983
Pensei que ia ver meu nome na sua poesia,mas me aliviei em ver que quando foi escrita, ainda não nos conhecíamos.
ResponderExcluirÉ estranho , tão preto e tão longe, esta poesia esteve aqui por 25 anos e só agora eu li.