sábado, 28 de julho de 2012

"me oriente"



poetar:

longe do mundo,
revira-se armários
do tempo,
prateleiras da memória,
esqueletos tão secretos
desmontam no colo
de sílabas compulsivas,
palavras impossíveis,
em versos de azulejo
e rimas de porcelana
num comboio de letras
lentas, tontas, lúgubres...

se um poeta
que me oriente
parar de escrever
em Tóquio
e o mundo parar junto,
mesmo exausto,
seguirei como o único
a tentar entender
minha musa
constante e caprichosa:

a poesia.



2011

7 comentários:

  1. Dante: o poeta e a poesia manequim 36.
    Linda declaração de há mor.

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  2. Obrigado Anna.
    Esse poema foi escrito para a final do I concurso Autores S/A.
    O tema era poesia.

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  3. Bora seguir em frente!
    ótimo recomeço

    lindo
    beijos paieeeee!

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  4. Estou seguindo a "Estrada de Chinelos Coloridos" e certamente um País de Maravilhas a descortinar. Abraços!

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  5. o melhor de ler teu blog é sempre ouvir tua voz dizendo os poemas que leio em silêncio!

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  6. paliativo, não sei quem vc é e, ouvindo a minha voz (que não é grande coisa) fiquei curioso.

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