O tema
escolhido pelo poeta
Edweine
Loureiro foi:
“DEUSES”
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“SOBRE
DEUSES E HOMENS”
(Edweine
Loureiro)
Sozinho,
Caminho
Por um
deserto.
Cansado,
Prostro-me.
Ferido.
Vencido.
Buscando
respostas:
Em
nuvens.
Em mitos.
Em ritos.
E o
silêncio.
É tudo o
que me resta…
Saitama-Japão
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“Guaraci”
(Izaura
Carolina)
Macaé-RJ
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“Limbo”
(Ana
Gouvin)
Uma
humanidade sem humanidade
vidas
jogadas as traças, estraçalhadas
pairando
neste enorme breu
o que foi
que aconteceu ?
o que
houve com todo amor que te dei ?
fizestes
escárnio, eu sei,
tratastes
com menosprezo
perdestes
por completo o zelo
e agora
que te arrastas no chão é que vejo
falta-lhe
muito de mim em vocês.
Arrancaram
o que lhes restou de dignidade
escalpelaram
com o pouco de ombridade
o que
farás com esta sobra de mundo ?
joga tudo
fora ou tenta ao menos uma oração ?!
não, não
adianta mais nada
nem mesmo
existe amor em teu coração
está tudo
sujo, impregnado, imundo
não
espere um milagre acontecer
vocês
irão em vida padecer
no limbo,
no limo de tua traição.
Não há
mais para quem apelar
nem os
Deuses no olimpo irão te escutar
é chegada
a hora
agora só
lhe resta petescere e esperar.
Que venha
logo este castigo
não há no
mundo abrigo que irá te salvar
bota logo
tua alma em penhora
quem sabe
por um milagre, nesta hora,
conseguirás
o indulto para tua pele livrar.
Rio de
Janeiro-RJ
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“Sem
título”
(Angelo
Colesel)
Lua nova,
época de
mudar couves,
segundo
minha avó:
‘crescem
as folhas e não saem tantos brotos
avulsos’.
Do
canteiro feito, mais de vinte mudinhas alinhadas...
Já não há
mais alinhamento aos dias que se perderam, lá
ficaram
estagnados com os sábios
ensinamentos.
De tudo
resta mistério,
da lua,
só a face
que não me convém.
E Deus
que tudo guarda, o homem não explicou
nas
santas escrituras,
tal
influência-
da Lua
que governa os loucos ( e controlava as couves), mas
se não há
mais o canteiro,
de que me
serve a Lua Nova?
Rogar aos
céus mudas novas e novos canteiros,
ó Deus,
porque há
tanto mistério? Há de esperar novos deuses?
Estou
cheio, entender o não permitido,
os
enigmas e o mistério...
As couves
acabaram!
Imbituva-PR
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“Deuses”
(Maria
Mestriner)
Eu chamo
de Deuses , as estrelas, Sinto uma grande emoção ao vê-las , estrelas
fulgurantes do espaço, eis a luxúria, brilho e beleza.
Eu chamo
de Deuses, os oceanos , sem fim, fica mais lindo quando estamos sós.
Eu chamo
de Deuses as sementes , que devemos plantar , árvores, flores e amor.
Eu chamo
de Deuses, O Sol, quando levantas no céu em todas as manhãs
em tua
beleza incomparável acima da Terra, beijas com amor todos os povos .
Os Deuses
nunca morrem, mas apenas dormem o sono em jardins das Hespérides repletos de
flores de lótus além do amanhecer dourado.
Americana-SP
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“Hoje
é dia de fim, bebê!”
(Cinthia
Kriemler)
atrás da
primeira porta
o leão
furioso de Judá
rompe as
amarras
do livro
dos sete selos
e arranca
de uma
vez
sete
segredos
: quatro
cavalos coloridos de fome
guerra,
conquista
morte
atrás da
segunda porta
visões
históricas
histéricas
de corpos
que definham
pútridos
jorrando
pelos
poros,
bocas, bundas, falos
trapaças
apostas,
blefes
ranger de
dentes
atrás da
terceira porta
Deus —
Todo Poderoso
Alá [o
Magnânimo]
Shiva /o
Destruidor/
e um
astronauta imaginário
(da
intrépida trupe de von Däniken)
rosnam
mantras, rogam pragas
profetizam
a partilha das 144 mil
almas em
espólio
imaculadas
após o
último portal
o metal
afinado
de seis
trombetas
improvisa
em jam session
o final
do juízo
e seis
sera(fins)
bêbados
de apocalipse
varrem do
salão
— com
suas asas enormes
cavalos e
eleitos
...num
canto do Nada
soa em
silêncio a sétima trombeta
Brasília-DF
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"Deu-se
Adeus aos Deuses"
(Paulo
Acacio Ramos)
Houve uma
vez
Um deus.
Podia
fazer
Tempestades
grandes
E jogar
mundos
Para o
esquecimento.
Seu
desejo era realidade.
O fogo
das profundidades
E o
centro dos furacões
Eram seus
como são
Os
cometas no céu.
Deixou um
dia
Recair
sua ira
Sobre os
homens
E os
lugares
Onde
tivessem estado.
Foram
tantos danos
Que
somente um pássaro
E dois
caracóis ficaram.
O pássaro
tinha consciência
Que não
era um deus
E os
caracóis não gracejariam
Sobre
algo assim absurdo.
O
pássaro, um dia, cagou
No ombro
do deus.
Que era
divino demais
Para perceber.
Era um
deus.
Ainda que
tivesse
Merda
sobre ele,
Embora
sentisse,
Ao longe,
um cheiro
Exterior
à sua divindade.
Como deus
que se preza
Sempre
gostara
De
lugares públicos
E odores
estranhos
Dos
corpos alheios
Em missas
dominicanas…
Em
claustros solitários…
Em
assembleias da república…
Em
reuniões catedráticas.
Trofa-Portugal
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“A
GUERRA E O INFERNO”
(Jorge
Luiz)
O inferno
de Dante veio muito antes
Do nosso
inferno começar
Também
não foi vivido por Maquiavel
É divina
a comédia com inferno purgatório e céu
Maquiavel
fez a Arte da Guerra, muito fascinante.
Hoje o
nosso inferno parece eterno
Não tão
eterno como parecia o de Dante
Não é
Maquiavélico
Porque
Maquiavel fez a Arte da Guerra
E não a
guerra com arte.
Ares
promoveu a guerra
E
Afrodite com seu amor não conseguiu acabar
Eirene
tudo fez para a paz conquistar
Hades
surge do nada e tudo encerra.
Com
Afrodite o amor renasceu
Eirene
promoveu a paz enterrando a guerra
Eis que
Hades emerge do fundo da terra
Removendo
Ares do planeta, com o aval de Zeus.
Rio de
Janeiro-RJ
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"respostas"
(Dante
Pincelli)
procuro
as respostas
em todos
os deuses
da minha
gaveta.
Macaé-RJ
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“Culto
à Afrodite”
(Vinni
Corrêa)
hoje é
Lua Cheia
é dia de
culto à Deusa
seus
cabelos a vinha cacheia
Afrodite
esta noite me usa
jamais
darei a recusa
a esta
beleza que me permeia
oh Vênus
enche minha tusa
e em teu
amor o meu semeia
Rio de
Janeiro-RJ
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“dos
deuses”
(Zecafran)
se
entregar como um grão à terra
deixar a
vida acontecer
deixa
brotar um novo ser
a se
alimentar do leite da terra
do sol e
do ar
até ser
colhido e cozinhado
num molho
mágico
dos teus
temperos
manjar
dos deuses
que me
confunde os sentidos
Niterói-RJ
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“Oh!
Deuses”
(Eurico
Wagner Silva)
Um raio
E das
terras férteis nos vimos expulsar
Da árvore
do conhecimento
Nossa
causa a nos sustentar
Muitas
seitas vieram nos separar
Guerras
Nas
tréguas um Salvador apeou em Terra
Por nós
morto
De novo
nos vimos espiar
De pecado
em pecado
Vivendo
pra si mesmo, a esmo
Nos
encontramos no mesmo lugar
Apoiados
na ciência de que existir é labutar
Construímos
conhecimento
De longe
a real nos expressar
Continuamos
à caça de poder nos explicar
Deuses
Entes ao
Universo permear
Mesmo em
minha solidão
Nas horas
de fraqueza
Continuo
a Lhes negar
Cambuí-MG
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“a
deusa da minha rua”
(desculpe
nelson gonçalves)
(Ricardo
Prins)
a deusa
da minha rua
tinha um
quê de muito educada
os home
que da casa dela saía
ela
sempre levava na entrada
a deusa
da minha rua
era só
ostentação
tinha um
monte de colar de pérola
que os
home dava pra ela de montão
a deusa
da minha rua
tinha cor
de chocolate
porém só
era doce de dia
à noite
se ouvia: "me bate"
a deusa
da minha rua
deusa
nada romântica
falar pra
ela de amor
era falar
física quântica
a deusa
da minha rua
é meu
sonho de consumo
e como
consumir não rima
um dia
com ela eu durmo
a deusa
da minha rua
enfim
hoje vai ser minha
por
alguns contos de réis
vamos
juntos fazer naninha
ah, deusa
da minha rua
me deste
grande decepção
quando no
cair das vestes
revelaste
um grande culhão!
Curitiba-PR
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“Sem
título”
(Andréa
Amaral)
No dia em
que eu tocar a sua alma feito o lampejo de um raio
Saiba que
no meu olhar habita a flecha de um Deus.
Friburgo-RJ
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O poeta Jorge Luiz
escolheu como tema para a 7ªrodada do II Festival Beto Miranda de
Poesias,
“CASTELO DE AREIA”
Os trabalhos devem ser enviados, preferencialmente, pelas
mensagens do Facebook pra:
Dante Pincelli O Velho
e, no caso de formatação diferente, arquivo fotográfico etc,
envie para o e. mail:
dantearte@hotmail.com
Os trabalhos de vem ser enviados até sexta feira, dia 12 de
outubro, às 12:00 h, impreterivelmente.
Orgulhosamente.
Dante
Pincelli
Belas visões crepusculares de divindades em vias de olvido...
ResponderExcluirUma bela festa poetica que deixaria todos os deuses orgulhosos de que, mesmo contra Suas vontades, provamos da arvore do conhecimento...
ResponderExcluirParabens, Poetas!
Onde todos os Deuses encarnam para suas poesias compartilhar. Somos um pouco Deuses por algumas almas tocar, temos muito dos Deuses por saber que sem poesia não há caminhar. Cada vez mais brilho a cada rodada. Parabéns a todos estes "Deuses" que habitam dentro de nós.
ResponderExcluirConcordo, Ana. A cada rodada, mais brilho. Um banquete de poemas.
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