O tema
escolhido pelo poeta
Zecafran
foi:
“VIDA”
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“Colecção”
(Paulo
Acacio Ramos)
A vida
dura uma erecção, um pau duro, um acto, um facto em história cíclica.
A vida é
uma beata no cinzeiro de Deus.
Trofa-Portugal
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“azul
riscado”
(Zecafran)
um céu
azul riscado
bordado
por aviões a jato
a terra
entardece
no rio de
janeiro
sinto o
vento que sopra da praia
na janela
do meu quarto
fotografo
na memória
o quadro
que por hora
a vida me
apresenta
Niterói-RJ
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“NA
VIDA”
(Jorge
Luiz)
Caiu na
vida,
Sem
despedidas
Levou o
corpo
Deixou a
alma
Vestiu o
vestido
Esqueceu
à anágua
Parou no
porto
Horto das
mimosas
Luxuosas
do lixo
Qualquer carrapicho
Enrabicha
na cama
Aclama e
despacha
Se agacha
na bacia
Refletia
no espelho rachado
Focado
nos lábios cerrados
Lados das
vidas espelhadas
Saudadas
com um semi sorriso,
Aviso
trincado pela dor
Horror em
cada travesseiro
Qual
marinheiro é ausente?
O
presente muda a todo instante
Vacilante,
entre o amor e o comércio
Obséquio
sai sem dizer o nome
Some,
como quem nem chegou
Nada
levou, deixando-se em mim
Meus
afins, que fim levaram os anônimos?
Perco os
ânimos na cama, acamada
Loba
desgarrada, uiva solitária na escuridão
Nenhum
coração ao meu lado
Tempo
tomado sem apreço
Pelo
preço da solidão.
Rio de
Janeiro-RJ
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“Vida”
(Cinthia
Kriemler)
roubou
meu calendário
calçou
minhas sandálias de caminhar
estradas
de sonhos
tomou de
mim minhas pessoas
preferidas
os gatos
que ronronavam no quintal
as
plantas contra mau-olhado
e
pendurou sinos de cristal
no teto
da varanda
pra
dançar salsa com a brisa
e chamar
felicidade
mudou o
quadro de lugar
carregou
minha cadeira de pensar
pra perto
da janela escancarada
do tempo
jogou
fora o tapete mágico desfiado
comprado
num brechó
e fez
amor com o meu amor
numa
canoa torta
no meio
do rio
[como se
vê nos filmes]
lavou com
xampu de lavanda
os
cabelos cor de mate e se deitou
na rede
de algodão
esperando
o sono não chegar
pra poder
sugar a noite
com olhos
de estrela
de
estreia
rompeu em
madrugada
se drogou
de orvalho
pulou o
portão de trepadeiras
suspirou
com jeito de enfim
e desceu
a rua
assoviando
"adeus,
vou pra não voltar..."
Brasília-DF
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“E
a vida continua”
(Izaura
Carolina)
Macaé-RJ
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“EFÊMERO”
(Edweine Loureiro)
Quando penso
que ainda há tempo,
vejo, com espanto,
um fio de cabelo branco.
Saitama – Japão
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“(V)
ida”
(Redson
Vitorino)
Relapso
ou não
sem
poréns quando se para e pensa
o que é
dúvida agora
o tempo
faz questão de negar-lhe
1 ou 2
os ossos
pesam mais a cada passar
se der
sorte tem quem os segure junto.
o que
seria azar agora?
Veja o
agora antes novo
alguém
que tome lugar
quando o
silêncio seduz
o que há?
Petrópolis-RJ
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"Vida"
(Maria
Mestriner)
Os ventos
sopram em minha janela
Ventos
que renovam meu ser
Sinto a
plenitude da vida ....
Ainda há
tantas coisas para viver...
Ventos
que alimentam os meus sonhos
Arrebatam
para dentro de mim
O
claridade deste teu olhar,
O teu
sorriso inebriante... e o
Ardente
desejo de ser feliz com você..
Eu abro a
cortina , paro de me esconder
Deixo com
o vento, com a luz ..o seu amor
Entrar
..............e para sempre ficar......
Americana-SP
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“Gira
vida/gira mundo”
(Ana
Gouvin)
A vida que decorre em mim ?
ou eu que me propago nela ?
Onde vão dar meus passos enfim ?
neste mundo sem portas e janelas.
Giramos no mundo, sarrazinando no mesmo
lugar
retornamos ao ponto de partida, tudo
está igual
as coisas se repetem, são os mesmos a
passar
é um ciclo sem início, sem meio e sem
final.
Melindro-me quando de novo tudo vejo
Que esta vida ecoa, de se repetir
padece
se mostra dela própria um súbito
lampejo
e num piscar de olhos nos arrefece.
Vida, quem é você afinal de contas ?
o que fazes de mim e o que queres ?
muitas sou feliz e outras vivo pelas
pontas
da minha vida só quero ser dono, mesmo
que sejas o alferes.
Rio de
Janeiro-RJ
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“poeminha
na porta do banheiro”
(Vinni
Corrêa)
deságua!
esgotou
a vida
Rio de
Janeiro-RJ
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"cena
do dia”
(Dante
Pincelli)
o céu
prenhe de azul
carecendo
de vapor,
sustenta
um sol inequívoco
com seus
olhos de azagaia...
a vaca
seca,
catinguenta
de bicheira,
olha sem
apreço
o jegue
acangalhado
cingido
no pau da oiticica...
o homem
calmo e rude,
de
meizinha compressa
aliviando
o fogo dos calos,
instrui o
menino engenhoso
sobre os
segredos da lida:
“_cutuca
o murundu
teiú
taí!”
Macaé-RJ
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“Casa”
(Roberto Fernandes)
Minha
casa guarda segredos de muitas vidas que lá viveram.
Pelos
cantos deixaram suas lembranças: um risco na parede, uma mancha na pintura
branca, objetos ínfimos sem nenhuma utilidade, sonhos desembrulhados.
Minha
casa respira ofegante, me fala de uma vida inteira e muitas outras metades.
A tudo
dou ouvidos, a tudo dou o meu nome.
Mas, o
que procuro, não acho nela. Um silêncio, um amor, uma quimera.
Escrevo
poemas, então, como quem esquece ou tenta.
Faço
mapas de um encontro. Ouço risadas vindas das janelas...
Recife-PE
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O poeta Vinni Corrêa
escolheu como tema para a 9ª rodada do II Festival Beto Miranda de
Poesias,
“CANTADA”
Os trabalhos devem ser enviados, preferencialmente, pelas
mensagens do Facebook pra:
Dante Pincelli O Velho
e, no caso de formatação diferente, arquivo fotográfico etc,
envie para o e. mail:
dantearte@hotmail.com
Os trabalhos de vem ser enviados até sexta feira, dia 26 de
outubro, às 12:00 h, impreterivelmente.
Orgulhosamente.
Dante
Pincelli
A vida é um luxo que se come pelas beiradas... como a vingança e o rancor e a poesia... AMEI Absurdos a produção rítmica rimada desta FASE VIDA...
ResponderExcluirO que me encantou, mais uma vez, foi a diversidade de estilos: dos mais concisos aos mais longos: todos belos!!! Parabens, Poesia!
ResponderExcluirHoje percebo que passar por esta vida sem ter apreciado tudo isto aqui, perderia muito da sua graça. Parabéns mais uma vez.
ResponderExcluirEu concordo com Edweinels , a diversidade encanta mesmo esta rodada de poesia... Parabéns ao poetas....
ResponderExcluirTudo junto e misturado faz beleza demais! Só uma pergunta. Dante, por que ocê pulou da Rodada 6 para a 8? Alguma coisa ontar o cabalístico 7???
ResponderExcluirParabéns poetas pelo show de graça e amor dessa rodada.
ResponderExcluirCinthia, se vc puder voltar as páginas, verá que tiveram 2 rodadas 6, isso é por causa de uma coisa muito séria e profunda, um destrambelhamento congênito e insistente da cabeça desse poeta desaparafusado.
Preciso descansar.
Dislexia Numérica Cardinal!!!
ResponderExcluirJorge Luiz
ResponderExcluirA cada rodada, as poesias chegam cheias de vidas, vidas longas e vidas curtas e, merecedoras de aplausos.
parabens aos amigos que pariram tao belos pensamentos....a vida agradesce
ResponderExcluirCada poema mais belo que o outro, os que mais me impressionaram: a imagem da Izaura e o poema de Cinthia Kriemler; vai ser poeta assim lá... Em casa!
ResponderExcluirParabéns a todos, e Dante, amigo, me perdoe pelo meu momento "bloqueado". Ultimamente não tenho parido nada, confesso que tentei nas duas últimas rodadas enviar, mas... Tá feia a coisa.
Abração!
Lohan.
Valeu, Lohan! Estamos todos fazendo bonito, a cada rodada! Uma mixórdia de visões super legais! Você tá bloqueado por causa do mestrado! Vida acadêmica é f...! Beijocas
ResponderExcluirna sinuca como na vida..suicidou perdeu a vida
ResponderExcluirno jogo de bola de gude quem entra com pouco e ganha faz a vida
mulher da vida facil faz a vida na esquina
numa decisao se jga o jgo da vida
se chama o ser amado de vida
o equilibrista tem a vida por um fio
e como diz o zeca pagodinho....se quizer beber eu bebo
se quizer fumar eu fumo....na vida coisa mais feia é gente que vive chorando de barriga cheia
Sensacional, amigos, genial essa rodada, bem como as demais.
ResponderExcluirFico muito orgulhoso de fazer parte dessa coisa de poesia comunitária, conjunta...
Dividir o blog com tanta gente boa que escreve com seriedade e ama o que faz. É isso mesmo, a escrita de vcs deixa transparecer o amor que sentem por esta tarefa solitária e maravilhosa que é o escrever.
Quem ganha com isso é o leitor, seja ele um aficionado ou casual, ganham em quantidade e, principalmente, em quaidade.
Lohan, sinto fata de sua participação, assim como sinto a fata do Marceo, do Francisco Ferreira, do Rodrigo etc etc etc. Mas eu sei que se pudessem, estariam aqui.
Bjs a todos.