Ela vinha toda ela toda minha e não sabia
que ele vinha todo ele todo meu...
Então vinha que vinha e sacudia as cadeiras
batia com os pés no chão e sorria da loucura
Quando rodava e levantava a saia
Com um sorriso malicioso
e se ouso me rir dela que era minha e não sabia
lembro dela o riso d'eu não ter sido aquilo que queria
e se ouço dela que é tão minha quanto dela
era o riso que me dava e o gozo que me tirava
Marcava o desfecho dos fechos abertos
Cobertos com lençóis de seda
rodava perdida como se sedada rodava
a boca aberta os olhos arregalados
Entre o riso que me dê e o gozo que me tira
só o sexo não me cheira a mentira
Nosso sexo na boca dela tão alimentar
ela de quatro cadela elementar e eu nela
E no deita e rola, vai-e-vem cá meu neném
Na anca, nela, calo e chamo de gazela
ela não para... freme... grita... toda gata e pede e canta
ela pede para não parar toda crente... toda santa... toda puta
e me encanta, canto, riso, vulva e mais garganta,
e eu que fui almoço e já estou virando janta
ela se deixa, faz-me chá e faz-se gueixa cobre-me
a cara de xoxota, lava-me a cara e me deixa sem ar
e ela bate um bolão rebola a bola no campo e no chão
ela é toda ela e mais que ela é mais que tudo que vier à mão
me cobre de cheiro de água e tempero destila meu leite
me dá de comer entre os pelos uma carne melhor que o pão...
Criação do Coletivo Uni-Versos Poéticos
BR - PT 22.02.14
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