quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Histórias de um carnaval no século XXI.

Comecei com um poema narrativo dos acontecimentos carnaválicos, daí , me parceiro irmão , respondeu, daí escrevi outro e ele respondeu, ele é demais.


Dante




"lanterna do olho da perna"
(Dante Pincelli)

foram tantas pernas
nas noites eternas 
de mais um carnaval...



grossas pernas
pós modernas:
me desgovernas em vendaval...



meu sonho hiberna
entre as pernas
do ombro da menina 
(uma em um milião)



robustas pernas
se fazem taberna
baderna que me beija
me encanta e dá a mão...



a perna se encaderna
em capa de pele lisa



minha mão?

sim, ela tá viva.








-quarta feira de brasas-2016-


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"retorna ao olho a vista"

(Paulo Acácio Ramos) furam tontas penas em açoites eternos de um festival do mais carnal... fossas de lágrimas pós-morenas: a governar um temporal... meu olho bigorna bate martelos pernas do escombro de um mínimo (um sem um irmão) roubadas as pernas no meio cavernas bandeira que beija me canta e me põe a mão... a perna desencadeia em sopro de pele brisa minha ou não mesmo assim, ela vive! na cinza de um quarta-feira em 2016


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'esquecer pra lembrar' (Dante Pincelli) esqueça as pernas apague os ombros arranque os cabelos desbote a pele murche a bunda... o que resta? a mais linda forma do ser: essência profunda brilhante e rotunda... meu encantamento me redunda... -Quarta feira de brasas- 2016-


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'nunca esquecer'

(Paulo Acácio Ramos) o que me sobra na pele explode na outra esqueça apenas esmague os escombros ataque os castelos desfaça o abraço desmanche e refaça... o que presta? o que a divindade te empresta... o que falta à forma do ser: ausência perfumada brilha, mareia e afunda... me entontece e desarruma meu desencantamento me universaliza... nas cinzas de uma quarta-feira - 2016


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Paulo




Um comentário:

  1. Mais filhos nascidos dos ventres/corações e mentes dos poetas irmãos de significados diversos, de versos.
    Desta vez com uma linda mulher entre as linhas dos poemas.

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