quinta-feira, 28 de abril de 2011

"índice".


temática. vida. viver por procuras infindáveis. trocar. amar. tentativa de preencher as faltas. o espelho. a imagem que se interpõe entre o ego e o choque do real. proliferação de relações interpessoais. relações impessoais. planetas girantes na órbita terrestre da terra. se afundar no espelho e suar todas as gotas do oceano humano que há. ver e ter o seu outro completando cada movimento, cada pensamento, cada palavra, sempre uma resposta, quase sempre inadmissível, impensável. voar com asas exatas de um anjo-beija-flor e beijar seja qual flor for. alinhamentos de olhos e trajes. para cada ocasião um brilho a mais ou a menos. a menos que se esteja completamente completo, rola uma dúvida, uma dor e, é aí que os poetas crescem, tecendo de palavra em palavra, de ponto em vírgula seus poemas antropomesológicos. paro e penso, logo viajo...







1986

2 comentários:

  1. tô lendo "Fragmentos de um discurso amoroso", do Barthes e tá me batendo forte. Esse espelho perigoso e delicioso que é amar. Dos "euteamos" que precisam resposta. Da balança do amor que não existe. Amor não tem peso. Ou tem?

    muito bom o texto!

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  2. Nem peso nem medida, fica liberto em estrutura, corpo e alma...
    Pra intesamente e verdadeiramente se viver, é preciso amor...tecer.

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