Aqui estão, os poeta e as poesias classificadas para as finais do concurso, elas aparecerão em ordem crescente ( do 1º para o 12º ), mas antes, duas coisas se fazem necessárias:
1* A tarefa dos classificados para a 1ª rodada da final é :
Escrever um HAI CAI com o tema NATUREZA.
Para quem não conhece, Hai-cai é um poema de origem japonesa, que chegou ao Brasil no início do século 20 e hoje conta com muitos praticantes e estudiosos brasileiros. No Japão, e na maioria dos países do mundo, é conhecido como haiku. O Hai-cai é feito da seguinte forma:
- Consiste em 17 sílabas japonesas, divididas em três versos de 5, 7 e 5 sílabas
- Contém alguma referência à natureza (diferente da natureza humana)
- Refere-se a um evento particular (ou seja, não é uma generalização)
- Apresenta tal evento como "acontecendo agora", e não no passado.
Porém neste concurso, os poetas não precisam manter a métrica nos seus hai cais, ou seja, cada verso poderá ter quantas sílabas quiser, mas mantendo a estrutura dos 3 versos.
Os poemas deverão ser enviados a mim preferencialmente pelas mensagens fechadas do Facebook até às 23:59 h de segunda feira, dia 09 de abril se 2012, impreterivelmente.
2* A poetisa sob pseudônimo: ELISA VEIGA, teve de se retirar do concurso por motivos particulares, desejando boa sorte aos concorrentes e prometendo participar como comentarista, Seu nome verdadeiro é Simone Prado, ela obteve a 2ª maior somatória de notas dadas pelos 8 jurados, portanto nada mais justo que homenageá-la mencionando-a honrosamente neste post. Segue seu poema:
“PLUS TARD”
(Elisa Veiga)
plataforma – bengala
roupa engomada
chapéu de palha na mão
pálpebras apertadas
a rapidez dos pés,
o correr das cenas
malas entre abraços
ansiedade redobrada –
velho corpo malhado
embaixo do chapéu de palha
aguardava
. . .
último trem da estação –
filho que não veio.
Agora sim, seguem os classificados:
"Bilacacos da arte"
(ANDRADE)
Tome uma pílula
Verde, amarela, vermelha
Coma uma vírgula.
Provoque uma centelha
Incêndio! Queimem os compêndios
Lusitanos, acadêmicos
Doe sangue às veias
Deste senhorio anêmico
Quebremos o vaso de Bilac
Façamos poesia com seus bilacacos
Transforme a desgraça alheia
Em arte.
Me dá um cigarro agora,
E terá feito sua parte.
Desastre. Desartes.
A arte mora nos prefixos que a negam.
As letras não querem ser empregadas.
Letra se demite a cada página virada.
Vire a página.
Marque-a de orelha.
Nariz, boca, coração.
Literatura é a vida que se doa,
Doa como doer.
“GRINALDA”
(J)
O vento me levou para o mar,
Naufragar nas águas a vida encerra,
A terra se abre em buraco,
Buraco,
Casaco me aquece do frio
O rio.
O rio são águas passadas
Jangadas navegam na correnteza
A profundeza é leito dos mortos,
Portos
Semimortos flutuam sem rumo
Fumo.
Fumo a sorte em cada tragada
Cilada, fumaça alimenta o prazer,
Nascer do pouco que resta
Indigesta,
Aresta dilacera a pele
Vele.
Vele as minha noites de escuridão
Desilusão, nasce com choro da noite,
Açoite carrega a dor do amanhecer
Adormecer,
Comprazer do sonho para a realidade
Ansiedade.
Ansiedade tem pressa e corre sozinha
Caminha alienada no tempo sem espaço,
Regaço do olhar de esguelha
Parelha,
Centelha de olhos verde esmeralda
Grinalda.
Grinalda com flores e pedrarias
Ventanias, rodamoinho do amor
Sonhador não quer despertar
Acreditar
É conservar o anseio
Devaneio.
Devaneio veio com o vento do norte,
A sorte está nos mares do sul,
Azul com lágrimas cristalinas
Nebilna
Lamparina, tão distante farol
Sol.
Ah, sol por que despertar o sonho?
Tamanho mundo da ilusão a florir
Sorrir, revela a máscara da sorte,
Porte,
Porte no coração o amor para sempre,
Sempre...
“Lixo Poético”
(Plebe)
Olho os restos de civilização
todo o apodrecido material
jogado nessa terra
Plásticos de sentimentos
ferros de abandonos
brinquedos de infâncias destruídas
Seu nome é lixo
Coloco a mão e o viro
Não o reciclo
Apenas sinto em tato
Vejo as embalagens enojado
Sinto seu odor inconfundível
é o cheiro do jantar negado aos pobres
tem a textura de cadáver
do boi e de galinha em tortura
O depósito de lixo está no ar
boia também na água
Dizem que ele voa
além das camadas da atmosfera
e que irá cair na cabeça dos cientistas
O lixo das relações humanas
mentiras e falsidades
medidamente desnecessárias
entre os parâmetros do cotidiano
Produzindo sem parar
o sumo de chorume
em desunião com o prazer
Preciso me certificar
que eu também o produzi
por estar vivo
nesses dois imaturos séculos
Que minha genética
memória atávica segue
poluindo desde quando se produz
ganância e egoísmo
O lixo invade o coração
todo o cérebro do intelectual
e o corpo do fofo bebê
Os adolescentes o bebem
os idosos dormem em cima
e forma a tumba aos mortos
Leio a sua suja poesia
suas letras esmagadas
suas regras de língua ferida
é tudo isso
toda a dor e sofrimento
que escreve esse poema
que também é um lixo
“Antídoto para proibições”
(Erato Poeta)
Não se proíbem as portas de se abrirem
se a mão que as abrem está movida de desejo.
Não se proíbem desejos como se represam as águas dos rios
se o lábio que deseja está suprido de doçura.
O melaço das flores na boca é libertador.
Antídoto para proibições,
elixir para desencantos.
Não se proíbe o adentrar das luzes no abrir das janelas
se o hóspede que as destramelam
urde a manhã com poesia.
******************************************
“ DA POESIA QUE VEM DE TI”
( Emanuel Ferreiro)
Poesia
É o que você mostra sem saber
É o que você deixa sem notar
As cores se renovam ao te ver
As flores em sussurros pelo ar
Poesia
É o que você ilumina com um sorriso
É o que você estimula com um olhar
O mundo inteiro muda se preciso
A vida toda em dívida ao te celebrar
Poesia
É o que você simplesmente desperta
É o que você fatalmente me atinge
A poesia não está no poeta
Ele apenas a captura e a tinge
"mamífero"
(iniko)
ratazana pútrida rasgada
tem sua cria bem desenvolvida à mostra
compõe e depõe a correnteza invisível
- embora sensitiva -
de seres do esgoto metropolitano
equilibrados
no meio fio da trituração.
carne subterrânea de dentes intactos,
alimento de moscas e formigas
que na noite repousam sobre o açúcar refinado
"POEMA PARA CURTIR"
(Annie Alexandre Guerra)
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Serei, pois, um caduco poeta.
Meu lirismo é broadcast myself
E descobri que Leminski veio antes do Twitter
Prometo não mais cantar o mundo futuro
Aproveito o agora para compartilhar.
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“Dor/mente”
(Turrinha)
Pressinto, é exato o instante
Em que a dor já vai chegar.
Mal a sinto, presumível
Mas posso antevê-la, aflitiva
No tocante, a tocaiar, tormentosa.
É teimosa essa dor, mal percebida
Um vazio nostálgico, oco
De não se estar presente.
Desditosa dor, ausente
Silente, se faz breve e crônica
Como névoa eterna
Em noites inverno
sas.
Assaz depressora essa pena,
Camuflada em mil remorsos,
Banzo ancestral, dolente e lastimoso.
Dorida antes da dor, lacônica
Alma arremetida em espinheiros,
Sulcada de cicatrizes, lanhada
De látegos, exangue, magoada!
Dissimulada dor, dor distante
É austera essa dor, rigorosa
Desdenhosa e inexata.
Fluente nas veias, feito seiva
Em árvore ferida, jorrante.
Lancinante dor, afligente
Que deságua abundante, rompente
Como massa líquida
A subjugar vargedos.
Dor desigual, invasiva, seccional
Que me atinge todo
E, todo, me escarifica.
Opressora dor, dor de saudade.
************************************
“ESTÁTUAS”
(Scott B. Coffee)
habito a última casa da última rua
do último bairro
casa feita de barro
habitada por homens de barro
o barro nas paredes o barro
nas crianças tão vermelhas e tão limpas
o barro nas comidas o barro na mulher
madura de linda
o barro seco na varanda
e o cachorro de barro roendo um osso
de barro de um animal que agora é barro
acordo antes do sol sol de luz
que seca o barro de minha pele sol entre
nuvens sujas
a mulher já prepara a comida
café preto como as nuvens que tapam
o sol
café de nuvens chove na minha garganta
seca saio e olho para o céu escuro e feio
feito de nuvens sujas imperfeitas
presságio de tempo ruim
do céu cai a água veneno e antídoto
ácido e base de todas as coisas
destruindo todas as coisas de barro
as crianças de barro e a mulher de barro
e o cachorro de barro e a casa de barro
e o eu de barro que habitava a última casa
da última rua
do último bairro
“Com e Sem”
(Chico Baptista)
Presença mais estranha não existe
Nem que fique mais incrustada
Quando a ausência persiste
A saudade da risada
Pobre é o que insiste
Em correr do que acaba
Melhor o amor que um dia extingue
A uma vida sem ter nada
Nada que vem à revelia e preenche
E por mais que tente
Não pode ser extirpada
Nada que sai e deixa
O amor em espera
Ou a saudade instalada
"Amor Tao"
(Sofia Amundsen)
o poeta é um arquiteto de demônios
dentre plumas pinta mortos, pinta sonhos
mal se arruma sob um teto de memória
segue o prumo de um vento ignoto.
é translúcida a sua tela vertical
de petúnias adornado o desespero
e as calúnias não são mais que o tempêro
do marulho transformado em mistério
imortal.
mas se a teia do ventrílouco desfaz
vê-se ao fundo uma criança sorridente
traz aos punhos uma flor e um canivete
a menina que não quer nada demais:
um mortal.
que se joga precipícios arranhados
força trancas sob as pernas do sol
é só gente o tal ser despreparado
procurando entre as letras o farol...
imortal.
“As mil partes que me fazem um”
(Reyú Maôro)
Coração partido
Cada parte necessita de um amor
Um amor diferente para cada parte
Depois que fui apresentado à Dor
Cada parte do todo
É um todo incompleto
E cada todo é parte
Que parte de mim.
Depois do todo partido
Partido todo estou
Parti do todo em busca de abrigo.
Procurei em toda parte alguma explicação
E percebi, após longa reflexão, que
A ilusão do “Todo ido” em vão
Deixa o “Todo minado” de dor
De repente sinto diferentes sensações
O todo-partido não se unificou
Mas deu-me de presente diversos corações
O que passou, passou
E meus cacos querem novas emoções!
Não posso negar minha natureza
Que por mim clama veementemente
Ainda mais num mundo de tanta beleza!
Voltei então a amar intensamente.
Porém, tudo estava mudado
E a situação era bem diferente
Cada parte do todo-quebrado
Tinha agora desejos e amores independentes
A bagunça já estava feita
Mas a culpa não era minha
Não podia fazer a desfeita
De deixar uma parte sozinha
Como num samba de partido
Cada parte se rimou
E num ritmo aquecido
Um estribilho se formou
« Parteprati! Partepratu!
Partepracá!Partepralá!
Partepraqui! Parteacolá!
Partequefoi!Partequevem!
Partequefui! Partequevai! »
Enfim, cada caco tinha uma senhora
Não era cacofajeste, nem caco vadio
Cada um tinha sua hora
E eram fiéis até o último fio
Dentro do padrão
Não havia nada de errado
Um amor por coração
E esse amor era sempre amado
Isolda isolada no canto superior esquerdo era soberana
Já do inferior, Suzana era suserana
No sul profundo Sula me regia sozinha
Do norte extrêmo Nor-minha era a rainha
Com o vento sudeste a santa da Beatriz
E do nordeste Solene era imperatriz
Em uma pequena ilha sempre vejo nascer Dia-na
E ao redor dessa ilha, Mar-ília que tanto me ama
Ao entardecer vejo a Lua-na tão singela
E me entrego às estrelas brilhantes com que me olha Estela
Cada parte do todo
É um todo incompleto
E cada todo é parte
Que parte de mim quer completar
Atenção: Os pontos desta fase classificatória, não serão levados para a fase final. À partir da próxima rodada todos os pontos dos poetas serão somados e, ao término das 8 rodadas, quem obtiver a maior somatória, será o campeão.
"Bilacacos da arte"
(ANDRADE)
Felipe Neto Viana = 9
Bravo. A literatura modernista bem representada em intertextos oportunos. Pecou pelo excesso de pontuação que atravancou alguns versos. Poema precisa deslizar.
Camila Furtado = 9
Maria de Lourdes Almeida = 9
Renata Buzak = 10
Marcelo Asth = 10
Nilton Riguett = 7
Stella Monteiro = 6
Izaura Carolina = 9
*****************************************
“GRINALDA”
(J)
Felipe Neto Viana = 7
Bom jogo de palavras continuativas ou encavalamentos. Mas a sua profundeza poética fez eu me sentir no leito dos mortos.
Camila Furtado = 6
Maria de Lourdes Almeida = 7
Renata Buzak = 10
Marcelo Asth = 8
Nilton Riguett = 8
Stella Monteiro = 7
Izaura Carolina = 9
**************************************
“Lixo Poético”
(Plebe)
Felipe Neto Viana = 7
Boas metáforas. Poderia ser mais condensado mesmo assim é um poema reciclável.
Camila Furtado = 7
Maria de Lourdes Almeida = 7
Renata Buzak = 8
Marcelo Asth = 9
Nilton Riguett = 8
Stella Monteiro = 6
Izaura Carolina = 10
****************************************
“Antídoto para proibições”
(Erato Poeta)
Felipe Neto Viana = 6
É proibido proibir. Há alguma voz protestante no poema embora pudesse ser mais viril.
Camila Furtado = 8
Maria de Lourdes Almeida = 5
Renata Buzak = 10
Marcelo Asth = 9
Nilton Riguett = 8
Stella Monteiro = 5
Izaura Carolina = 9
*******************************************
“DA POESIA QUE VEM DE TI”
(Emanuel Ferreiro)
Felipe Neto Viana = 6
A ‘poesia’ foi bem ilustrada pelo poeta. Só poderia ter sido um pouco menos ‘meloso’
Camila Furtado = 8
Maria de Lourdes Almeida = 6
Renata Buzak = 8
Marcelo Asth = 8
Nilton Riguett = 8
Stella Monteiro = 6
Izaura Carolina = 9
*******************************************
"mamífero"
(iniko)
Felipe Neto Viana = 9
Bela metáfora da raça mamífera da podre sociedade. Poema condensado sem excesso de pontuações.
Camila Furtado = 9
Maria de Lourdes Almeida = 5
Renata Buzak = 10
Marcelo Asth = 9
Nilton Riguett = 5
Stella Monteiro = 4
Izaura Carolina = 7
*******************************************
"POEMA PARA CURTIR"
(Annie Alexandre Guerra)
Felipe Neto Viana = 7
Poetizou a modernidade com as palavras certeiras.
Camila Furtado = 9
Maria de Lourdes Almeida = 5
Renata Buzak = 9
Marcelo Asth = 10
Nilton Riguett = 6
Stella Monteiro = 6
Izaura Carolina = 6
******************************************
“Dor/mente”
(Turrinha)
Felipe Neto Viana = 3
Dói ler tanta dor presumida, antevista, de tocaia, percebida. É uma vidente, certamente. Antes o título fosse ‘Dor/vidente’.
Camila Furtado = 7
Maria de Lourdes Almeida = 8
Renata Buzak = 10
Marcelo Asth = 8
Nilton Riguett = 8
Stella Monteiro = 7
Izaura Carolina = 7
***************************************
“ESTÁTUAS”
(Scott B. Coffee)
Felipe Neto Viana = 6
Boa imagem que merecia maior trabalho poético. ‘Sol de luz’ quase rachou o seu poema feito de barro.
Camila Furtado = 6
Maria de Lourdes Almeida = 8
Renata Buzak = 10
Marcelo Asth = 8
Nilton Riguett = 7
Stella Monteiro = 6
Izaura Carolina = 7
*******************************************
“Com e Sem”
(Chico Baptista)
Felipe Neto Viana = 7
Um soneto mal-acabado que por fim me tocou. Me lembrou a ausência drummondiana.
Camila Furtado = 7
Maria de Lourdes Almeida = 5
Renata Buzak = 10
Marcelo Asth = 7
Nilton Riguett = 7
Stella Monteiro = 6
Izaura Carolina = 8
****************************************
"Amor Tao"
(Sofia Amundsen)
Felipe Neto Viana = 8
Bom uso das palavras, sem apelações poéticas. O contraste do mortal/imortal, do querer ser na poesia e pela poesia.
Camila Furtado = 7
Maria de Lourdes Almeida = 4
Renata Buzak = 9
Marcelo Asth = 9
Nilton Riguett = 6
Stella Monteiro = 6
Izaura Carolina = 8
*****************************************
“As mil partes que me fazem um”
(Reyú Maôro)
Felipe Neto Viana = 7
Poema com jogos de palavras inteligentes que peca pelo excesso de clichês e pelo tamanho. Tudo condensado é melhor, vide o Leite Moça.
Camila Furtado = 6
Maria de Lourdes Almeida = 6
Renata Buzak = 9
Marcelo Asth = 7
Nilton Riguett = 7
Stella Monteiro = 5
Izaura Carolina = 10
&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&
***Muitos poetas terminaram esta fase empatados e o meu voto serviu de desempate.
***Todos os 12 poetas classificados ganharam um livro escrito por Nilton César Riguett -em breve mais detalhes- porém todos os prêmios só serão postados ao fim do concurso.
***Digitem seus poemas com atenção redobrada, pois não haverá correção, a menos que o próprio poeta a solicite.
***Fiquem atentos nas datas e horários de entrega dos poemas, não haverá prorrogação.
você entrou em mim
trancou por dentro
e engoliu a chave.
Peço aos poetas classificados que comentem as postagens sem se identificarem, usem a opção NOME e escrevam sob seus pseudônimos.
Em caso de descumprimento desse pedido, o poeta poderá ser desclassificado.
*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*
Aqui estão as poesias não classificadas para as finai deste concurso.
Deixo como mensagem o desejo de que sigam escrevendo e que nunca desistam dos seus sonhos, sejam eles quais forem.
Aproveito para convidar a todos para se inscreverem no II concurso de poesias do blog Autores S/A.
http://autoressa.blogspot.com/
Os poemas estão postados em ordem aleatória. Os poetas que desejarem ter seus comentários, basta entrar em contato com Dante Pincelli O Velho pelo Facebook ou pelo email
Começo com uma menção honrosa à poetisa
BENÉ
“Casulo Luminoso”
(Bené)
Eu me fortaleço com a face do vento
Dentro do meu casulo luminoso.
Com um semblante de amor,
Similando a juventude perdida
Desde os séculos místicos.
Nos dê uma chance,
Não nos abandone.
Me devolva os dias purificados,
Me faça esquecer a morte e as impurezas
Mesmo que tudo seja uma mentira.
*&*&*&*
Seguem os demais poemas em ordem aleatória
(sem levar em conta a classificação no cômputo geral).
"Um Poema"
(Dom Dionísio)
Quero escrever um poema...
Um poema sem compromisso.
Só um poema, um simples poema!
Assim... desses que faz a gente se sentir bem, só de ouvi-lo.
Quero escrever um poema...
Não precisa ser o mais bonito, não precisa fazer sucesso...
... só precisa ser um poema, um simples poema!!
Um poema pra voce, pra mim e para os deuses.
Quero escrever um poema...
Pra gente falar sorrindo!
Pra gente falar cantando!
Pra gente falar sonhando...
Um poema, um simples poema.
Um poema pra voce e por voce.
Quero escrever um poema que vai mudar a nossa vida!
Que pode até entrar pra história...
Mas, que ainda assim seja único, seja belo e seja simples...
Seja simplismente voce!
Porque voce é como a poesia, e eu amo a poesia, mas...
Antes eu amo voce!
*&*&*&*&*&*&*
"Horizonte"
(Daniel Trovador)
Eu sou um homem de versos
repetitivos e bobos,
tolos como só eu mesmo:
cheio de mim,
vazio de mim...
Neste trem que sobe e desce
sem destino e sem fim
afim daquele dia
perdido depois da linha
que separa terra e céu.
(...)
Tal qual navegante
- perdido! -
a perseguir remota ilha
no tempestuoso mundo das palavras e das ideias.
*&*&*&*&*&*&*
“Minha Alma Dança”
(Francisco Ribeiro)
Você ilumina o meu ser
Caleidoscópio de cores
Meu existir
A Minha existência
Encontra o porquê
O Céu por dentro se derrama
Você por dentro tem a chama
Que ecoa em meu ser
Linda
Em seus olhos eu vejo o mundo
Reflexos de imagens que dançam
A minha alma dança por você
Eu te amo
Meu Coração
&*&*&*&*&*&*&*&*&
"Um dia o Talvez"
(Comanche)
A dor ainda me lembra
Que mesmo cansado
Ainda posso mentir
Que os meus olhos vermelhos
Não é a vontade de partir
Distraído estendo a mão
E procuro como um tolo o afago
Sinto um amargo em minha garganta
Pelo teu sorriso não dado
O velho samba me avisa
Que à muito é hora de partir
Eu cego procuro um bloco
Com uma melodia que eu possa seguir
Conformado com o não
Aceito o teu sim um dia talvez
Como a noite a lua me deita a tristeza
Espero teu sol de alegria outra vez
&*&*&*&*&
"ALASDELNOVOLAR"
(Luzofia)
Sou água servida
sou rio seco
sou a espuma arida
sou a saia do oceano
sou a espinha das rosas
sou a pena
sou a oliveira desterrada
sou silêncio
sou espaço
sou escombro
sou de papel
sou de terra e água
sou alasdelnovolar
sou fratura
sou a palma do mistério
sou carne tremula
sou o que não sou
sou o ar que escapa
sou caos
sou rebelion
sou causa
sou efeito
sou cobiça
sou morte
sou incomprencion
sou irracional
sou mentira
sou o suor do não amor
sou sou sou sou sou
quero desvanecer no nevoeiro
afogar-me em minha saliva
ir-me com o ocaso
viajar como anima e não voltar a nascer
um arbol com peste
pajaro desplumado
loucura universal.
&*&*&*&*&*&*&*
" Prisão"
(Estrela Maya)
Visto minha camisa de força,
Saio me debatendo entre as paredes
Me trancaram num quarto branco
Onde só respira um oxigênio sujo.
Tiveram medo da minha insanidade
Deveriam ter medo da minha sensatez
Pulei os muros da santidade
E hoje pinto cada pecado.
Souberam me prender
Numa cela de grades de borracha
Seu óculos blindado
Só passa por ele o que quer enchergar.
Fui tatuada com um número
Me programaram pra dizer sim
Me rebelei e disse não
Agoram tentam prender meus berros.
“solidão”
(Novinha)
Minha tristeza me prende
Faz com que eu sofra de mais
É triste escrever isso
Mas eu naõ sei oque é paz
Não conheço a felicidade
Muito menos a alegria
Sempre choro de tristeza
Toda noite e todo dia
Estou presa a solidão
Tentando encontrar uma saida
O pior é que rola de tudo
Pra destruir minha vida
As vezes me pergunto
Por que nasci nesse mundo
So pra chorar e chorar
Num abismo bem profundo
Estou aqui sozinha
No meio de tanta tristeza
Meu mundo é só lagrimas
Estou em uma correnteza
Presa nesse escuro
Acorrentada na escuridão
Com os olhos cheios de lagrimas
E uma dor no coração
Penso em todas as alegrias
Que minha alma já passou
Os sorrisos inesqueciveis
Pena que tudo acabou
Não sei oque vou fazer
Pra mim não existe momento
Se a tristeza me levar
Leva também meu pensamento
Trancada nesse escuro
É ruim até de mais
Lagrimas caindo no chão
Me desejendo um pouco de paz
Isso faz com que eu queira desistir
De ser uma escritora
Jogue meus sonhos no lixo
E vire uma perdedoura….
Tenho que ser forte
E seguir até o fim
Escrever com a alma
E ter orgulho de mim
Rastejando eu vou pra frente
Sofrendo não vou pra traz
Porque meus sonhos são diamantes
Deles não desisto mais
Nada me faz desistir
Nada me joga no chão
Porque minha alma é vitorioza
E o meu coração campeaõ
tenho que ser forte
e seguir até o fim
nada me faz desistir
nada me joga no chão
porque minha alma é vitoriosa
e o meu coração campeão.
"Adormece"
(Hernestina Calheiros)
Sente falta da liberdade.
De não ter medo,
Ou vergonha,
Dos próprios pensamentos.
De conseguir falar aos papéis o que a pobre alma deseja dizer.
Viver no seu universo,
Criando as própria dimensões.
Falta de encher-se de águas impróprias aos passarinhos
E compartilhar aqueles sentimentos mais excêntricos,
Ao som de uma boa música brasileira
Com algumas batidas de coração acelerado,
Que muitas vezes engana parecendo quase parar.
Mas a maior falta,
É encontrar no reflexo do espelho o que realmente é.
Tem medo de por não se ver há muito tempo,
Um dia se perder de vez no reflexo de um corpo,
Que sente necessidade de compartilhar uma alma que adormece.
"Sementeiro Carioca"
(Keeru Potyra)
Semeando galáxias inteiras
Viestes a mim feito um plantador
Num dia fora do tempo
Cadentes no Céu estamos vendo
Beijos
Ouço as notas do Beija-flor
E seu escandaloso silêncio
Ensurdece-me
Sustenido em Sol
Não me deixa dormir
Teu louvor, desesperado clamor
Instigando-me pela madrugada
A levitar por ti
Estou na caverna
Sou um beco
Por onde ecoam seus cantos
E os toques do seu tambor
Passa o tempo
Em abrasivas frações
Explode a Estrela e brilha
No céu das tuas mandingas
É gene de tua órbita louca
Glorifico-te Senhor
Atenta aos teus feitiços
Trouxe-te um mapa
Rota Dourada Mágica
No lombo do Dragão branco
Eu voava
Foi de onde me atirei
Caí sobre agradável maciez
Reconfortada em teus lábios
E em teus xiados
Teus X´s
Derreti-me
Sou um pequenino açude
Embaixo dos teus olhos
Sem aparente potencia
Vim da fonte
E...
Te aguarei de calor
Eu sou tua cabana
Homem...
&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*
" Sem título "
(M.P)
Querer facultativo,
não creio.
Criam-se carícias e malícias
mas disso nada sabemos,
angustiados, nada mais.
Como se não bastasse o terror,
obrigam as crianças a pedir desculpas,
empatia de culpa:
"Ei, compartilhe sua ignorância com ele!"
Sofrer em comunhão, parece amenizar.
Só resta chorar,
ao menos regam as plantas com suas lágrimas,
cuidam da flora, e só desta,
pois afinal,
da natureza nada compreendem.
&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*
"Eco"
(Raven Gaia)
Instinto
que vira rito.
Faminto,
o mito
é finito.
Chilra um vento inaudito
ao suar a carne que habito,
o ventre vela ossos em óbito
enquanto, em derredor, gravito.
Flébil atrito
desmistifica o esquisito
e o cógnito
sorve o grito.
&*&*&*&*&*&*&*&*&*&
"É..."
(R.R. Nin)
Um pequeno verbo
Um morfema
Um radical
E a atitude se desfaz
Cria reflexão
Movimento
Perdas
E na dolorida reticência
Julgo adjetivos
Completo com advérbios!
E penetra o provável
O obscuro
Claro pra mim
Tenho medo do objeto direto
Previsível fim
Pena...
Escrevia uma história sem conclusão
Talvez só com a traça
Inimiga das Letras eternas
Mas em meu caderno solitário
Ainda Deus permite a ilusão
Queira Freud que esteja errada
Nessa fria madrugada
Sinto frio
É...
Pequeno verbo desenganado...
&*&*&*&*&*&*&*&*&
“Simplesmente... “
(Rockeira Crazy)
Sou a emoção do perigoso,
Desde que eu possa cobrir o risco.
Sou sorriso tímido em algumas horas
E gargalhada escancarada em outras.
Sou a excitação de uma missão cumprida,
Com gostinho de quero-mais-ainda.
Sou uma piadinha boba bem contada,
Uma menina que vive algemada
À liberdade dos caminhos.
Sou falar com Deus bem baixinho à noite,
E não ir a igreja nunca.
Sou um sorriso aberto de quem estava com saudades de me ver.
Cativo muitas amizades,
Mas a pequena princesa aqui não quer assumir pelos afetos
Tanta responsabilidade
São as pessoas que resolvem me deixar,
Melhor assim: simplesmente vivo meu hoje
Em desapego do amanhã.
...
Odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim.
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“o pão”
(cachorro de rua)
o pão caiu no chão
o mel cobriu a mesa
a mesa cobria o chão
o chão sujo de cera
a cera da cor do chao
o chão da cor do pão
o pão da cor da cera
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"Sem"
(De cima do salto)
Eu não estava lá quando você entrou.
Mas senti aquele gosto lugubre
que você deixa, você sempre deixa.
Não quis te ver, fazia tempo demais
e de certo ainda tinha o mesmo ar arrogante
dos moços que tentam e nunca são.
Fiquei como sempre estive, avessa a ti.
E dai parentesco?
Nunca acreditei em sangue.
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"Canibália"
(Dúbio)
Infinitamente arte, fé e musicalidade.
Dançando ao som de uma bela música.
Vestes brancas, pés descalços para sentir as vibrações...
Aquela multidão se solta ao som dos tambores.
Não consigo definir o momento...
Todos se encantam e dançam.
Ogum faz a festa, Oxum se diverte e Iemanjá é presenteada com flores e perfumes lançados ao mar.
O perfume maravilhosamente suaviza o ambiente.
Uns choram, outros simplesmente ficam em transe diante da magia.
Todos são contagiados pela mística do ritual.
Lentamente todos se entregam ao sincretismo.
As pessoas mentalmente estão interligadas em uma devoção humanamente religiosa.
Um belíssimo coral se funde com as lágrimas, danças e a fé declarada de forma expressiva.
A fusão de amor, fé, musicalidade, magia, canção, emoção...
Bravamente surreal, a magia daquele momento místico, sublimemente lava a alma e purifica o ser.
Aplausos!
"Odisseia"
(VÛnus Noctem)
Caminhei e muito...
Para chegar a lugar algum,
Para encontrar lugar nenhum
á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á Caminhei e fui atÚ o fundo...
á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á Pra achar nenhum tesouro,
á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á Provar a mim mesmáque nÒo fui mais do que um tolo
á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á áNÒo quero pensar que foi em vÒo
á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á áNÒo desejo cometer nenhuma confusÒo
á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á á áApenas quero estar inclusa em nenhuma premoniþÒo...
Procurei um olhar,
Fui tÒo longe e nÒo pude encontrar
Agora sei que nÒo sei aonde vou chegar.
*&*&*&*&*&*&*&*&*&
"Um Poema de Amor Vazio e de Lua Cheia"
(Presto Amor)
Foi ontem mesmo que ao sair de casa
me deparei com a lua linda nua.
E me senti sozinho e vazio,
como se eu só fosse pouco
para toda aquela beleza.
E assim como entorna as marés,
ela mesmo puxou de meus olhos
todas as lágrimas de abril.
Entendi então que sou água,
e você era meu porto seguro.
" Em carne e osso"
( Helena Navarro)
Não há muito para dar
Sou agressiva e impaciente
Minha loucura não tolera testemunhas
Tenho comigo o peso de meus ancestrais
Sou eu, venho sido e isso não basta
Trabalho para que não haja
Grito porque preciso
MUITO OBRIGADO MESMO.
Caros poetas, eu gostaria de postar todas as poesias enviadas para o blog, mas preciso que me autorizem.
ResponderExcluirOs 12 classificados serão postados em ordem crescente.
Os demais serão postados em ordem aleatória (estes precisam autorizar a postagem).
Um dos Jurados, o Jornalista Felipe Neto Viana, teve o cuidado de comentar cada um dos 35 poemas enviados. Ao final desta postagem, publicarei seus comentários sobre os classificados, porém preciso saber dos NÃO CLASSIFICADOS, se me autorizam a postar tais observações do jurado.
Obrigado.
esta devidamente autorizado irmao....cachorro de rua
ExcluirAUTORIZADO!
ResponderExcluirFico muito feliz em participar deste concurso.
ResponderExcluirParabéns a todos nós que de alguma forma estamos (re)valorizando a poesia, colocando nossos sentimentos em dia.
Feliz pela primeira colocação!
ResponderExcluirAgora é tentar manter o nível, força a todos os poetas!
Abraços,
Andrade.
Viver Yoga, não faço a menor ideia de quem seja você, mas de qualquer forma, amanhã publicarei TODOS os poemas e os comentários do Felipa Neto Viana, caso alguém peça, eu retirarei do ar.
ResponderExcluirPensando melhor, achei que todos que enviaram , o fizeram com a vontade de ser publicado, não posso negar isso a ninguém.
Honestamente.
Parabéns a todos que tiveram a 'coragem' de enviar seus poemas e, do mais profundo de dentro do centro, do centro de dentro de mim, MUITO OBRIGADO A TODOS.
Vamos só acumulando conquistas: Mais uma vez a POESIA VENCEU!!!
Dante Pincelli, O Velho Muito Feliz e Cansado.
Primeiramente quero parabenizar a todos os poetas e poetisas que participaram deste concurso, sendo classificados ou não.
ResponderExcluirDeixo aqui uma mensagem de força e fé: força pra continuarem e fé em suas potencialidades... Como Jurada tive acesso a todos os poemas e, devo confessar, que muita coisa boa ficou de fora, infelizmente só seriam 12 os classificados.
Vamos todos juntos dar um salve pra o Dante, eu estou vendo de perto seu esforço e dedicação.
Obrigado aos companheiros jurados pela entrega e voluntariedade, agora eu sei o trabalho que dá.
Beijos em todos e todas.
Izaura Carolina.
Autorizado! É pra divulgar mesmo.
ResponderExcluircompanheiro,irmao....um homem so e so um homem....um homem com amigos controi um mundo......vc e um construtor de sonhos....e faz a gente crer no sentido da palavra amizade....fco super feliz de tiver assim se entregando a arte de fazer arte...poetas de todos os cantos do brasil
ResponderExcluirbrotaram na sua plantacao de poesia um lindo pomar de doces frutos....parabens a tdos...lindissimas poesias
a disputa será acirrada! se dentre os desclassificados tem coisa boa... os classificados estão de parabéns!
ResponderExcluirboa sorte galera!!!
Parabéns a todos os participantes do concurso! Foi uma grande surpresa a qualidade das poesias apresentadas. Perseverem no mundo da poesia!
ResponderExcluirIzaura, concordo com você. SALVE DANTE!!! Quantas dificuldades ele enfrenta, mas a determinação e a paixão pela poesia não permitem que ele esmoreça no propósito de propagar essa linda arte. Beijos recebidos, beijos retribuídos!
Muito feliz por estar entre os 12 classificados, principalmente depois de ler os que não se classificaram, onde há poemas de muita qualidade. Quanto ao comentário do julgador Felipe Neto Viana tenho a dizer que, a intenção era demonstrar a grande dor de uma saudade e, se o fiz sentir dor, decerto que consegui o meu intento. Parabéns e boa sorte a todos nas próximas rodadas!
ResponderExcluirBeija-flores!
ResponderExcluirCaro Dante,
ResponderExcluirMuito obrigada pela menção honrosa. Fiquei também muito feliz em saber da minha colocação, que surpresa boa. No mais, parabéns pelo concurso, por sua determinação e pela oportunidade de abrir sua casa de Língua Afiada aos poetas.
Aos classificados, desejo boa sorte a todos e um ótimo percurso literário!
Um abração!
Si.
autorizado, presto amor
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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