Rodada 3/
O tema
escolhido pelo poeta
Paulo
Acacio Ramos foi:
Inconveniente
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Imagem da internet
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“MEMÓRIAS
PÓSTUMAS DE QUINCAS BORBA”
(Edweine
Loureiro)
A Ele,
claro: o Bruxo do Cosme Velho.
Naquela
manhã,
o
cachorro pareceu-lhe
insistente,
impertinente…
Um
inconveniente!
E,
Rubião, indiferente
(ou com
Sofia em mente),
afastou o
animal,
pagando-lhe
a fé
com um
cruel pontapé…
Foi
quando, ressentido,
ladrou o
cão ao amigo,
que
parou, assustado,
como se
ouvisse ao finado:
“Ai,
Rubião…
por que
essa ingratidão?”
Saitama – Japão
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“Quem
que te pariu ?”
(Ana
Gouvin)
Podes
bradar
poetizar
até mesmo palavrões
xingar
sem nenhum motivo
pois,
você disso não carece,
pois nada
nos parece tão grotesco
que a
puta que te pariu
o fez
generosamente
sem saber
que no mundo
colocaria
ser, tão inconveniente.
Rio de
Janeiro-RJ
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“Elo impertinente”
(Angelo Colesel)
tristeza tanta
inflama a garganta-
pigarros escuros de noite trevada
na estrada interna-
agora vazia,
queima a nostalgia:
(os espaços aumentam,
tal a sombra,
mas há sombra)
lamento tanto, somente pranto-
nada compreendido,
o laço “cativo” convertido em
impertinente e vivente presença,
e de todo inconveniente vivido
resto-me
escuro-só, ainda...
com lapsos...!
Imbituva- PR
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“anti
matéria”
(Zecafran)
a anti
matéria devora
os dias
as noites
as horas
a flor
e o beija
flor
aquele
beijo
não
existe
quero
mais
Niterói-RJ
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imagem da internet
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“CADEIRA
DE BALANÇO”
(Jorge
Luiz)
Na
cadeira de balanço
Me
balanço lentamente
A
chacoalhar os pensamentos,
Do vento,
ouço um leve sussurrar
Desenho
um ar princesa
Fingindo
uma surpresa de menina,
Declino o
meu envelhecer
Ao
entardecer do passado,
Atado ao
presente
Uma
semente do futuro
Onde
perduro a balançar,
O olhar
da longevidade
Na idade
um breve esmorecer
Para
renascer uma nova chama
O belo
drama da vida,
Vencida,
Me alento
no balançar da cadeira,
Na
ladeira do tempo inconveniente,
Lentamente
esvai-se minha juventude
Na
plenitude do meu viver.
Rio de
Janeiro-RJ
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“in-con-ve-ni-en-te”
(Flavio
Mchado)
sinônimos
signos
substantivos
despropósito
impertinência
conflito
atitudes impróprias
importunando
importunação
ação
reação
escárnio
convém
con-vém
aos donos do poder
ferir as conveniências das regras do jogo
des-respeito
des-acato
des-ordem
des-truição
a pobreza é in-con-ve-ni-en-te
a mentira é in-con-ve-ni-en-te
a morte é in-con-ve-ni-en-te
in-conveniente
inconveniente.
Cabo Frio-RJ
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"Lírica Operática em Tom de Vento nas
Frestas das Janelas"
(Paulo Acacio Ramos)
Eu gosto de poetas
que fazem coisas feias
escrevem coisas erradas
que têm as gavetas
lotadas de frases soltas
gosto de poetas sujos
de mãos lavadas
gosto da poesia torta
porca e morta
que muito poucos
ainda fazem
gosto de brindar aos poetas
com o sangue da musa
gosto que a musa
me chupe a caneta
e tenha buceta
de bat-caverna
e um caralho
erguido na noite eterna
gosto da gosma
da musa na ponta
da língua
gosto das moscas que voam
em volta da poesia
...
Trofa-Portugal
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“rotineiro”
(Ricardo
Prins)
bom dia
bom dia bom dia
sai vem
perto chora chuta
limpa
escorre grita grita
bom dia
mãe mãe mãe oi oi
olha eu
aqui aqui eu sei
não sei o
que? fala logo!
sai de
cima dele garoto
vem ca
vem ca me limpa
acabei já
acabou
não faz
isso larga ele
para de
bater nela
eu vou
pegar você
vou
contar até três
oi oi oi
mãe mãe mãe
larga ela
garoto eu já disse
ah eu te
pego não corre
me dá sua
mão
não corre
na calçada
volta
aqui vem cá
para de
tirar meleca
garoto
bota uma blusa
olha as
visitas
para de
mexer no saco menino
larga que
isso daí quebra
não
derruba ela! já pro seu quarto
vai
dormir logo não interessa
grita
chora chora chuta
perto
longe foi entrou
boa noite
boa noite boa noite
Curitiba-PR
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“A
Senda”
(Anderson
Fortuna)
Na longa
estrada da vida
Há muitas
ilusões
No
caminho que leva a luz, TAO
Desertos,
miragens
Há sempre
um estorvo
Sombras
emergem dos abismos do inconsciente
Candelabros
acesos iluminam enigmas
Múltiplas
máscaras
Vestem o
nosso âmago
Fadas,
gnomos e duendes
Nos
observam do mundo invisível
Eles
cultivam flores multicoloridas
Contemplam
uma aurora boreal
Um velho
índio
Guia o
fogo sagrado
O Grande
Espírito
A-C(S)enda
Rio de
Janeiro-RJ
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“In,
quase out”
(Cinthia
Kriemler)
Uma
semana
inadiável
inadequada
inapropriada
inadmissível
inconcebível
pariu
este poema (?)
inacabado
inconsistente
inaceitável
inconcebível
indigesto
inconveniente
Brasília-DF
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“fernandando”
(Dante Pincelli)
o mar
o amar
o barco
o fraco
o porto
o corpo
a onda
a inda
o dar
a dor
navegar é
preciso
viver é
inconveniente...
Macaé-RJ
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Imagem da
internet
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A poetisa Cinthia Kriemler
escolheu como tema para a 4ªrodada do II Festival Beto Miranda de
Poesias,
“MÁSCARAS”
Os trabalhos devem ser enviados, preferencialmente, pelas
mensagens do Facebook pra:
Dante Pincelli O Velho
e, no caso de formatação diferente, arquivo fotográfico etc
envie para o e. mail:
dantearte@hotmail.com
Os trabalhos de vem ser enviados até sexta feira, dia 21 de
setembro, às 12:00 h, impreterivelmente.
Orgulhosamente.
Dante Pincelli
Mas que linda rodada esta nossa terceira, com poesia e estandarte, com vela e bandeira... que rodada linda!
ResponderExcluirBela rodada, encantada sempre.
ResponderExcluirpo, gostei demais dessa...
ResponderExcluirO conjunto da obra faz parecer que foi combinado, há complementação de pensamentos.
ResponderExcluirPoesias maiúsculas.
Obrigado minha gente.
De: Jorge Luiz
ResponderExcluirA cada rodada, é mais uma surpresa, impresionante como cada poesia emociona mais e mais.
Todos os participante estão de parabéns, especialmente pra vc Dante.
Abçs
Jorge Luiz.
ResponderExcluirCorreção: "Impressionante"
mete o bedelho, fedelho,
ResponderExcluirquebra espelho,
mexerica a gente,
fofoqueia, mente
que nem se sente
e some
sem dizer se o inca vem, o niente!
e a piracema da poesia
ResponderExcluirpoemas como cardumes subindo o rio
que corre em nossa mente
parabens a todos os poetas
cabe aos leitores jogarem suas redes e colherem
seus peixes...abrs a todos em especial ao meu irmao dante
pelo sucesso
Maravilha, Poetas! Um orgulho estar entre voces.
ResponderExcluirSem palavras! Vocês gastaram-nas todas. Semana que vem espero estrear. Abraços.
ResponderExcluirAdorei essa rodada, uma pena eu não ter conseguido conectar-me ao meu poema (que está em algum lugar, só não o encontrei ainda, rs). Um salve maiúsculo para os poemas do Edweine, do Paulo Acacio e do Ricardo Prins: mandaram muito!!
ResponderExcluirMas todos foram nota dez. A estreia do Flavio Machado também foi marcante.
Abração!
Lohan.
Obrigado, Lohan. Honrado, amigo, com suas palavras. Muito obrigado, amigos.
ResponderExcluirValeu, Valeu e Valeu!!!
ResponderExcluirLohan cadê vc aqui dentro do blog? carnaval...
ResponderExcluirChico Ferreira cadê vc aqui dentro do blog? pão de queijo...
Gosto do jeito com o qual o Jan se vira sozinho, não dando tempo de enviar o poema, ele posta nos coments...
ResponderExcluir"Qual revoada de alegres andorinhas
sob o claro e bonito céu de anil
somos nós as crianças da colônia
da marinha mercante do Brasil..."
Eu perdi a data.
ResponderExcluirMuito boa esta rodada.