II
festival Beto Miranda de poesias.
Rodada 2/
O tema escolhido pelo poeta
Ricardo
Prins foi:
Amor bandido
&*&*&*&*&*
“Sem
título”
Foto:
Izaura Carolina
Macaé –RJ
&*&*&*&*&*
“onde?”
(Dante
Pincelli)
vem meu
amor
me chama
de bandido
e me bota
atrás...
das
grades.
Macaé –RJ
&*&*&*&*&*
“Meu
Grande Amor”
(Paulo Ramos)
Meu
Grande Amor...
Meu Amor
está Longe...
Meu Amor
está sempre Perto...
Meu Amor
é a Água do meu Deserto...
Meu Amor
é tão Grande...
Meu Amor
é tão Bonito...
Meu Amor
é a União...
Entre o
Eterno e
O Infinito.
Trofa-Portugal
&*&*&*&*&*
“Amordaçamor”
(Andréa
Amaral)
Amor
bandido
De
sufocamento e liberação
De mãos
amarradas
e olhos
de vulcão.
Amor
pérfido
De dores,
de beijos mordidos,
de mãos
pegajosas
e olhos
feridos.
Amor
doído
De tapas,
de beijos raivosos
De mãos
suadas
e vendas
nos olhos.
Amor
sentido
De
carícias, sussurros
De mãos
ocupadas
e olhos
no escuro.
Amor
volátil
De
deslizamento, de beijos nervosos
De mãos
arenosas
e olhos
no vácuo.
Amor
inútil.
Nova
Friburgo-RJ
&*&*&*&*&*
“lágrimas
de crocodilo”
(Ricardo
Prins)
a noite
já foi quase toda
e eu
ainda estou aqui
cigarro
suor
os
lençóis estão por cima
mas de
outra pessoa
e eu
ainda estou aqui
não posso
ir
mas tenho
que ir
e as
desculpas?
esse suor
pesa
e pesa
ainda mais
do que
minha consciência
(pois o
'já volto amor' durou até mais tarde)
a noite
já foi quase toda
e eu
ainda estou aqui
calhorda
bandido
e logo já
volto pra ficar por cima
daquela
que deveria ser
a única
pessoa
Curitiba-PR
&*&*&*&*&*
“Amor
bandido”
(Ana
Goouvin)
Um gole
de café, tua boca quente
quente
nossos corpos a se entrelaçar
amor
bandido e ardente
No
quadril as mãos a me aturdir
aturde
meu corpo a se debruçar
amor
bandido a consumir
Te engole
com olhos e inteira te suga
suga-me
nesta dança a me desnudar
amor
bandido és minha fuga
Ao me
deixar, tem outras na cama
cama
ordinária de dor e prazer
amor
bandido me profana
Saio nas
ruas te procuro indiferente
indiferente
com outras a se lambuzar
amor
bandido que mente
E do meu
corpo não irá mais desfrutar
desfruta
dos outros, há de padecer
amor
bandido a rastejar
Um gole
frio, queima a garganta e maltrata
maltrata
a boca, corpo insólito a se debater
amor
bandido que me atiça e me mata.
Rio de Janeiro-RJ
&*&*&*&*&*
“Bandidagem
amorosa?!”
(Angelo
Colesel)
Bailam
nas perífrases
soltas-
as
palavras costuradas no bilhete-
receita
pronta de desespero e voz
abafada:
um lago
raso, ácido de passado,
peixes
apodrecidos boiando e uma sereia
com a
cauda ferida sangrando na rocha
cantando
em língua estranha o que vê
do resto
que sobrou...
(Escorrem
nas palavras carcomidas
a sina de
quem amou e ficou inânime,
uma
atitude alienada de partida...Uso e abuso!)
Tudo
sente e, nada vê à sua frente.
Lamenta
pela despedida solta,
sem
atitude descente-
uma fuga
não justificada.
Simplesmente,
indo...
Isso é
amar?
Imbituva-
PR
&*&*&*&*&*
“Impudica”
(Regiane
Raquel)
Quase
alcoólica sigo andante
Nessa
embriaguez constante
De alma
úmida e corpo exposto
Imoral na
nudez com gosto
Semi
visível, indecente
Nessa
lucidez patente
Gritos e
mãos no pescoço
Ilegal,
na carne e no dorso
Meio
virgem, pedante
Nessa
coisa alucinante
Maltratando,
tão fiel no esforço
Explícita,
pele à mostra, errante
Líquida, nua,
fluído incessante
Obscena,
deslizante, e, sem medo, roço!
Brasília-DF
&*&*&*&*&*
“PÉTALAS
& PISTOLAS”
(Edweine
Loureiro)
Amor
demente,
que fere
e mente;
sempre
tão descrente…
Tanto
que, um dia,
refém da
Ira,
mira e
atira…
… contra
quem lhe sorria.
(Saitama –
Japão)
&*&*&*&*&*
“tapa
na cara”
(Zecafran)
amor
bandido
tapa na
cara
mulher
detenta
mulher
sedenta
homem
preso
cadeia de
desejos
amor que
mata
ciúmes
que condenam
banho de
sol
visita íntima
amor
vigiado
solitário
segurança
máxima
fugir
escapar
estar com
você
Niterói-RJ
&*&*&*&*&*
“Inveja”
(Gledson
Vinícius)
Sorte da
cerveja
Que
sempre tem,
Um bêbado
que seja,
Com sede
para cortejá-la.
Rio de
Janeiro-RJ
&*&*&*&*&*
“Definições
sobre o tema”
(Henrique
Koifman)
Amor
bandido
é um elo
perdido
entre o
controle do cinismo
e o passo
ao lado do abismo
É querer
voltar para casa
e pegar o
caminho oposto
é lembrar
tudo dela
mas se
esquecer do rosto
É
colecionar rimas
como quem
junta os cupons do jornal
para
depois trocar por uma ou duas horas
na suíte
vermelha do Motel Fatal
É limpar
a marca de batom
lavar o
cheiro de colônia
se livrar
de qualquer traço dela
que possa
resultar em insônia
Rio de
Janeiro-RJ
&*&*&*&*&*
Imagem da internet
&*&*&*&*&*
“1984”
(Sérgio
Muniz)
Despido
de todas as crenças
Destituído
do posto de gente
Tento
amar com o que resta
Até mesmo
o que não presta
E me
entrego falsamente
Personagem
parasita
Carnal
E ela me
abriga em seu colo verdadeiro
Para que
eu sinta as mesmas desgraças
Macaé –RJ
&*&*&*&*&*
“Aos
Marinheiros”
(Carol
Vaz)
Recolham
as âncoras, navegantes!
Que a
partir de agora terão todas ilhas dentro dos olhos
As
correntes que os retinham tornarão-se em lágrimas
E as
ondas que lá vem são sonoras como os amantes.
Mantenham
as memórias, meus jovens!
Que, até
o findar deste poema, o sol terá de se pôr
Os mitos
sobre Leviatã terão de se enterrar na praia
E a maré
já se aquieta enquanto passo estas ordens.
Que
virgem é aquela que se aproxima?
Fechem
bocas e olhos, marujos!
Pois quem
aqui se apresenta é a filha do almirante
A quem o
oceano remiu com a beleza das náiades
E por
quem todo bom moço um dia vê-se exultante.
Quem
disse a vocês, varões de pouca fé, tão ímpios
Que Iara
mãe d’água não pode habitar também no mar?
A virgem
das águas é maldição para todo homem que não mantém seu coração em solo seco e
nem esconde sua razão em águas rasas.
Belo
Horizonte-MG
&*&*&*&*&*
“SE
VESTIU DE ALEGRIA”
(Jorge
Luiz)
Me fiz
toda bela
Subi no salto
Desci pro
asfalto
Deslizei
na passarela.
Passarela,
Galeria
das artes
Sorriso e
fantasias reais
A cada
ano, normal e anormais
Felizes,
cantam e dançam sob olhares.
Olhares,
Brilhantes,
opacos, e molhados
Passeiam
em meio aos atores
Cintilam
paetês, lantejoulas em cores
Vibram
cadenciados em passos bailados.
Bailados,
Ouçam a
triste marcação do surdo
É a voz
fúnebre, em meio a festa anuncia,
Meu amor,
meu bandido, minha agonia
Se vestiu
de alegria, desceu, se revelou e ficou mudo.
Rio de
Janeiro-RJ
&*&*&*&*&*
“Afanadora
de ossos”
(Redson
Vitorino)
Chorei em
silêncio
numa mesa
fria
num dia
qualquer
lágrimas
ao meu vinho
por que o
tempero de um homem
é a queda
numa noite para o fundoHouve uma mão
e num
instante eu acordei
branca e
vermelha numa manhã
e a
certeza de que a tinha
para
sempre seria aquele eu e ela
onde
foram as tristezas?
tão
fortes como raízes centenárias?
eu não me
afogava mais
num beijo
e num gole
eu era
feliz
Petrópolis-RJ
&*&*&*&*&*
“O
meu, malpassado”
(cinthia
kriemler)
Fique
você
com o
escurinho do cinema
chupando
dropes de anis
Eu gosto
de tudo às claras
suor de
coito
boca de
noite
álcool,
cavalgada, madrugada
Fique
você
com essa
Rita na vitrola
que leva
seu sorriso, seu trapo, seu prato
Eu quero
é gemer até o fim
marcada
de mordida
com rédea
nos cabelos
beijo de
língua, arrepio, desafio
Fique
você
com esse
príncipe encantado
que ama
demais, é um bom rapaz
Eu
prefiro mais pressão
pegada de
bandido
palavras
mais caladas
Al
Capone, Jack Sparrow, Lampião
Brasília-DF
&*&*&*&*&*
“livre
arbítrio”
(Vinni
Corrêa)
o beijo
não é roubado
quando
quem cala consente
amor
bandido não é pecado
se roubo
um cabaço inocente
Rio de
Janeiro-RJ
&*&*&*&*&*
Imagem da
internet
O Poeta Paulo Ramos
escolheu como tema para a 3ª rodada di IIFestival Beto Miranda de
Poesias,
“Inconveniente”
Os trabalhos devem ser enviados, preferencialmente, pelas
mensagens do Facebook pra:
Dante Pincelli O Velho
e, no caso de formatação diferente, arquivo fotográfico etc
envie para o e. mail:
Os trabalhos de vem ser enviados até sexta feira, dia 14 de setembro, às 12:00 h, impreterivelmente.
Orgulhosamente
Dante Pincelli
Amigo Dante, se fosse pra votar nesta rodada, meu voto seria teu! adorei!
ResponderExcluiramor
ResponderExcluirque larga e...
tixa na parede;
Chama
de vagabundo
que acende a flama
e esfrega à tarde
a dor
que arde em rubor
de lixa na ”pare de...”
me chamar de amor,
mas não me largue, por favor!
Ahahaha, gostei Jan, atrasado, mas presente.
ResponderExcluirPrins, vc é muito gentil.
Obrigado.
De: Jorge Luiz
ResponderExcluirSergio 1984? Parabéns.