e surgiu-me um círculo...
Circulei à sua volta
redondo como eu podia ser...
Sem arestas pra me podar
Apenas curva a tontear os pés...
lamber o chão
criar vínculos
e ao pensar numa forma
minha cabeça anda à roda
Roda de não saia, gira de não caia,
rabo de arraia que vira moda
te convido pruma festa
e o que resta, que se foda
em roda, à roda... por foda?
que seja boa mesmo que mal dada
mal dada? maldade...!
relaxa que tudo encaixa
e a volta e a roda e em volta
tudo anda outra vez à roda
rodopiei em rodamoinho
sozinho na roda da vida rodei
rodo pio giro cio meto tiro
no centro do alvo acerto um tiro
cai de joelhos um breve vazio
delicadamente, sem pertencer a ninguém
sem nitidez morre entre versos
com a boca seca de silêncios
Os vazios se revelam
Em obras póstumas...
páginas rasgadas, submersas
esquecidas, páginas viradas.
Letradas em pensamentos
Que o poeta engavetou...
Trancou, lacrou,
Como corpos em tumba funda
beija, beija, beija rápido
e fecha o caixão.
Criação do Coletivo Uni-Versos Poéticos.
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