O vencedor desta rodada foi o poeta Scott B. Coffe, que ganhou o livro de contos
“Luz vermelha que se azula”
de
de
Nilto Maciel
E dois ingressos para
o Centro Cultural
SOBRADO 70
_Rua Bento Lisboa-
70-A
Catete- RJ.
(Lembrando que os ingressos valem por tempo indeterminado
Catete- RJ.
(Lembrando que os ingressos valem por tempo indeterminado
E são transferíveis)
E nenhum dos comentaristas que
apostaram no
Scott B. Coffe estava logado,
Scott B. Coffe estava logado,
Portanto o prêmio para os
comentaristas não saiu nesta rodada
&*&*&*&*&*
O professor/jurado Nilton
Riguetti
não pode enviar as suas
notas a tempo de sair nesta rodada,
portanto recorremos à soma
dos jurados especialistas e dividimos por 3
chegando assim a uma média
que foi somada ao total de pontos.
O mesmo aconteceu com a
professora/jurada Renata Buzak,
só que nesta caso, somamos
as notas dos jurados/leitores
para chegar à média,
o restante foi igual.,
&*&*&*&*
“Flechas Iluminadas”
(Bené)
Felipe Neto Viana
Chega um momento
neste certame em que se faz missão difícil para o jurado dissociar todo o
histórico do poeta, desde a primeira leva. O poeta Bené fixou um parâmetro
muito bem sucedido, um estilo, que não o abandona desde o início. O que é ter
estilo? Seria comodismo? Seria respeitar a própria natureza de sua escrita? Em
Bené percebo fluidez de pensamentos naturais. Não é de encher linguiça como outros
poetas fazem para tentar impressionar, buscando artificialidade no burilar das
palavras. A comida caseira é o prato mais delicioso que existe porque exige
cuidado e é feito com amor e total doação. Deste prato eu fui servido mais uma
vez pelo poeta Bené neste certame.
Nota: 8,5
Marcelo Asth
As palavras foram
muito bem utilizadas por Bené, criando uma situação que se mostra a todos nós
com muitas imagens claras.
Nota: 9
Camila Furtado
Bonito, mas faltou
subjetividade, talvez um final mais interessante.
Nota: 8
Média: 8,5
Stella Monteiro: 4,5
Izaura Carolina: 4,5
Maria de Lourdes
Almeida: 3,5
Média: 4,5
Total: 51
&*&*&*&*&*
“E = MC²”
(Cachorro de Rua)
Felipe Neto Viana
Percebo um aglomerado
de frases, soltas, sem conectividade umas com as outras. O intróito do poema
carrega um tom clichê pouco burilado pelo poeta Cachorro de rua. Tudo pode ser
relativo mas até mesmo o relativo precisa ser convincente em um poema.
Nota: 6,5
Marcelo Asth
“Luminária do prazer”
e “luminária da vida” são construções pobres dentro do poema. Mas a condução é
boa, ao falar da vida. O poema vai ganhando velocidade. O final, pra mim, é o
melhor: estonteante! Tem velocidade e luz. É o que melhor revela a energia que
é igual à massa, vezes a velocidade da luz ao quadrado.
Nota: 9
Camila Furtado
achei excessivo o uso
de clichês. "encena mais uma cena", "ilusão de ótica",
"vida pós morte", etc... muitas expressões em um só poema acabam trazendo
uma poluição visual.
Nota: 8
Média: 8
Stella Monteiro: 4
Izaura Carolina: 4,5
Maria de Lourdes
Almeida: 2,5
Média: 4
Total: 46,5
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“Poesia Elevador”
(Reyú Maôro)
Felipe Neto Viana
Poema que mescla o concreto e o verso tradicional que não
convence, apesar da ousadia. O lado concretista do poema não se sustenta porque
esse termo eleva a dor e afins já foi muito utilizado pelos poetas e a
inteligência de Reyu se destaca principalmente no final, ao indicar 'aperte
para subir': um aviso para que o leitor releia o seu poema e para que o poeta
(eu-lírico) reviva sua dor.
Nota: 8
Marcelo Asth
As setas aqui servem
para indicar ao leitor que o poema pode ser lido de cima para baixo ou de baixo
para cima, mas, decerto, o poema no sentido “baixo para cima” é muito mais
elaborado e bonito, tendo melhor início e fim, também trazendo significados
referentes ao próprio poema, como: “O discurso do Poeta Leva e Transmite muito
Além”.
“Eleva a dor” me fez
lembrar da construção forçada da música da cantora Ana Carolina. “Use o
elevador com moderação” não me diz nada; prefiro o “aperte para subir” (que foi
o que me levou a ler de forma diferente).
Nota: 8,5
Camila Furtado
Muito interessante a
parte concreta do poema (de onde extraí a nota). Mas o conteúdo em si me
pareceu clichê demais. Poeta + dor + deveras + fingir... blá blá blá... cansei
desse sobe e desce
Nota: 8
Média: 8,5
Stella Monteiro: 4,5
Izaura Carolina: 4,5
Maria de Lourdes
Almeida: 5
Média: 5
Total: 52
&*&*&*&*&*
“AS SOMBRAS DO ORGULHO AGLOMERADAS”
( J )
Felipe Neto Viana
Um acervo de palavras desnecessárias, rebuscadas. Poema
longo que não diz quase nada com nada. O poeta J decepciona nessa leva. Poesia
não é conjunto de frases organizadas na vertical.
Nota: 6,5
Marcelo Asth
A começar pelo título
excedente, J se perde no poema. Parece realizar três poemas e não cumprir com a
mistura que as três palavras poderiam suscitar numa química mais concentrada.
Não deu liga. O melhor para mim é o de título “Pretensioso”. Aliás, essa
palavra define bem a tentativa poética de J nesta rodada. Os poemas, de fato,
têm versos muito belos, como “Arvora-se o tempo em trapaças” e “Encastelado em
trono de areia”. Mas não se sustentam no todo, que traz construções prolixas
com palavras que ficam a atravancar a beleza poética. Tudo soa como sombras do
orgulho aglomeradas.
Nota: 7
Camila Furtado
o interessante da
proposta é conseguir reunir os 3 temas em um só poema, eis o desafio. Da forma
como foi feito formou pausas desconectadas, difíceis de empolgar.
Nota: 7
Média: 7
Stella Monteiro: 4
Izaura Carolina: 3,5
Maria de Lourdes
Almeida: 2,5
Média: 3,5
Total: 41
&*&*&*&*&*
“CANTO DE QUARTO”
( Annie Alexandre Guerra)
Felipe Neto Viana
Annie guerreira está voltando a boa forma. Na ginástica da
poesia a Annie andava um pouco preguiçosa e o que percebo neste poema é o
início de uma reação tardia para o certame porém jamais tardia para a vida.
Quando eu digo que a poeta Annie precisa aprender mais sobre o que é poesia eu
não tenho a intenção de ofender a poeta mas sim altertá-la no sentido de que
ela carece de mais experiência e leituras. O poema apresenta um suposto
personagem de caráter angelical e caráter dúbio interessante e provoca um ar de
mistério. Annie está de volta à guerra.
Nota: 8,5
Marcelo Asth
Muito bem explicitada
a oposição de imagens no poema. As aparências enganam. À princípio, nos mostra
uma imagem de calmaria e conforto, produzida pela luminária e pela mulher/moça
que alisa seus cabelos. Depois nos revela que seus pensamentos a igualam aos
seres da pintura de Bosch - envolta em prazer, fantasias e luxúria.
Nota: 9,5
Camila Furtado
Que desatino? Que
alma adversa? O personagem não empolgou, faltou vivacidade.
Nota: 7,5
Média: 8,5
Stella Monteiro; 4
Izaura Carolina: 3,5
Maria de Lourdes
Almeida: 2
Média: 3,5
Total: 47
&*&*&*&*&*
"A Praça do Sol"
(Sofia Amundsen)
Felipe Neto Viana
Poema sem força, com
erro ortográfico (você quis transcrever foneticamente o signo 'braza', Sofia?),
sem pretensão nenhuma, sem surpresa. A poeta Sofia não entrou, definitivamente,
no clima do certame.
Nota: 6
Marcelo Asth
Num certame em
competição, a braza com “z” pode chamuscar um poeta. Todo cuidado é pouco.
“Chama” como verbo e substantivo enriquecem o poema, somando-se a enxame. Mas o
verso “enxadas antigas no ar” não decola. O poema me lembra dos movimentos de
ocupação que aconteceram no mundo todo no ano passado - o que, pra mim, faz
ganhar bom significado. “A praça abraça os acessos da cidade” é um verso
divertido, bem pensado.
A palavra “luminária”
está mal aplicada na construção: é o sol de todas as idades? Estranho. Mas as
outras palavras solicitadas na rodada estão bem cabidas. O final é o melhor
momento.
Nota: 8
Camila Furtado
Muito bom! Uma
perspectiva interessante dos bravos retirantes que constroem nossas capitais.
Nota:9
Média: 8
Stella Monteiro: 4
Izaura Carolina; 4,5
Maria de Lourdes
Almeida: 4
Média: 4,5
Total: 48
&*&*&*&*&*
“ORBIS TERTIUS”
(Scott B. Coffe)
Felipe Neto Viana
Obra-prima de uma
obra-prima é uma outra história. Borges a essa altura se revira em sua tumba
imaginária e se sente orgulhoso de ler este poema seja aonde quer que ele
esteja. A teoria borgiana do que é ou pode ser cópia é revelada neste poema de
forma concisa e estupenda. Que nível de intertextualidade soberbo! Congratulo o
poeta Scott e concluo: Scott está no páreo como nunca esteve neste certame.
Nota: 10
Marcelo Asth
Poema redondinho,
fluido, coerente. Rimas perfeitas, nos sons e nos tons. Nem parece que foi
forjado a partir das palavras pedidas. Elas aqui tomam significados livres; não
ficam truncadas na obrigação de inseri-las no poema. Uma disputa de imagens se
coloca no espelho e Scott quebra o poema em mil cacos significativos.
Nota: 10
Camila Furtado
Justificativa: precisa?
Então tá: perfeito.
Nota: 10
Média: 10
Stella Monteiro: 5
Izaura Carolina: 5
Maria de Lourdes
Almeida: 3
Média: 4,5
Total: 57,5
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“SÚDITO CADUCO”
(Erato Poeta)
Felipe Neto Viana
Erato Poeta não dispôs de suas reais habilidades com as
expressões de efeito neste poema. As metáforas soaram razoáveis e o conteúdo
escolhido, de acordo com o tema proposto, ficou um pouco a desejar. O início é
bom mas não se sustenta e o poeta Erato precisa tomar cuidado com o excesso de
auto-confiança dentro da sua própria zona de conforto.
Nota: 8
Marcelo Asth
Poema carregado de
boas imagens. Mas desconexo, cheio de beleza costurada. “Sabão de esquecimento”
é um verso que quero esquecer. Prefiro me banhar nos lagos onde habita a palavra
espelho.
Nota: 8,5
Camila Furtado
Muito bom! Palavras
escolhidas, ritmo envolvente, só achei as ideias um tanto desconectadas, seria
isso uma estratégia para retratar esse esquecimento?
Nota: 9
Média: 8,5
Stella Monteiro: 4,5
Izaura Carolina: 4,5
Maria de Lourdes
Almeida: 3
Média: 4
Total: 50
&*&*&*&*&*
“Vida e Destino: Angustias de Efemeridade”
(Turrinha)
Felipe Neto Viana
Que imagem bem traçada, verso a verso, da longevidade e da
proximidade com a morte. Turrinha mais uma vez se mantém intacta, a não ser
pelo pequeno erro ortográfico no penúltimo verso, 'more'. O arremate poderia
ter sido melhor garimpado o que não tira de forma alguma a beleza do poema em
íntegra.
Nota: 9
Marcelo Asth
Nossa! Uma obra de
arte. Poema raro. Não tenho muito que comentar - mesmo querendo muito. Turrinha
já sabe os segredos.
Nota: 10
Camila Furtado
O que foi isso?
Espetacular! Adorei o verso "Tão pretensioso dizer-se vivo, se se morre a
cada segundo." escrevi diferente, mas foi como interpretei.
Nota: 10
Média: 10
Stella Monteiro: 4
Izaura Carolina: 5
Maria de Lourdes
Almeida: 4
Média: 4,5
Total: 56,5
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“Aglo (mera) ação”
( Andrade)
Felipe Neto Viana
O poeta Andrade esboça uma reação em comparação à última
leva do certame. O que poderia ter sido mais sucinto se desenrola de um modo
até atrativo devido a pequenos momentos de pura criatividade que o poeta tem de
sobra. As imagens das ruas de São Paulo são sutis e perceptíveis e tão bem
ilustrada no verso 'gado a gado'. O título e o arremate se casam e geram um
filho sadio, revelando-se um bom poema. Porém, é preciso mais e mais para
vencer nessa corrida.
Nota: 9
Marcelo Asth
O poema faz um zoom
numa situação. Tem bons jogos poéticos, como na dissecação da palavra
“promovida”. O poema é bem conduzido, mas se perde numa verborragia. É uma
história longa, boa, mas que cansa a poesia.
Nota: 8,5
Camila Furtado
Poema para ler num só fôlego. Prende, comove, surpreende,
encanta. Nesta ordem.
Nota: 10
Média:9,5
Stella Monteiro: 5
Izaura Carolina: 5
Maria de Lourdes
Almeida: 5
Média: 5
Total: 57
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Classificação da rodada:
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Poeta------------------------Pontos
Scott B. Coffe---------------57,5
Andrade-------------------------57
Turrinha-----------------------56,5
Reyú Maôro--------------------52
Bené------------------------------51
Erato Poeta----------------------50
Sofia Amundsen----------------48
Annie A. Guerra----------------47
Cachorro de Rua-------------46,5
J----------------------------------41
Feliz demais com o resultado da rodada. Quero me desculpar pelo erro de digitação no penúltimo verso (palavra: morre)! Parabéns ao Scott pelo fantástico poema que venceu merecidamente a fase e aos demais poetas que produziram obras maravilhosas! Abraços e até a próxima "peleia"!
ResponderExcluirNão te falei (Scott B. Coffe) essa era sua.. bjsss parabéns vc merceu. Quem sabe da próximo me logo... valeuuuu
ResponderExcluirParabéns poetas.
ResponderExcluirO jogo vai ficar mesmo entre Andrade e Turrinha.
Mas Scott tem chances.
Não perco essa reta final por nada.
Força pra todos. Que os Deuses da poesia estejam convosco.
Vamos nessa onda poética, rumo a final!
ResponderExcluirAgradeço a todos os jurados pelas considerações.
Abs!
Andrade
O Scott pode virar esse placar ainda.
ResponderExcluirForça Scott, estamos com você!