Como poesia não é poesia sem ter a musa ou muso envolvido, para a última rodada deste concurso, os poetas devem escrever uma poesia de
AMOR
e enviar até segunda feira, dia 28/05, às 23:59 h.
&*&*&*&*&*
O
que não pode calar?
A fome? O medo? O frio? A voz do poeta? Esta sim, nunca pode calar diante das
dores impingidas pelos horrores do mundo, da vida.
A
poesia é uma arma potente o suficiente para se abrir mão, a poesia é o pão de quem
tem fome de voz.
A poesias somos nós.
Como poesia não é poesia sem ter a musa ou muso envolvido, para a última rodada deste concurso, os poetas devem escrever uma poesia de
AMOR
e enviar até segunda feira, dia 28/05, às 23:59 h.
&*&*&*&*&*
O
que não pode calar?
A fome? O medo? O frio? A voz do poeta? Esta sim, nunca pode calar diante das dores impingidas pelos horrores do mundo, da vida.
A fome? O medo? O frio? A voz do poeta? Esta sim, nunca pode calar diante das dores impingidas pelos horrores do mundo, da vida.
A
poesia é uma arma potente o suficiente para se abrir mão, a poesia é o pão de quem
tem fome de voz.
A poesias somos nós.
A poesias somos nós.
O
Vencedor dessa rodada,
assim
como quem acertar qual será o vencedor e mais se aproximar do nº de pontos que
ele(a)
fará, ganhará um par de ingressos para o centro cultural
SOBRADO 70
Rua
Bento Lisboa-70 A
Catete-RJ.
Catete-RJ.
&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*
Os concorrentes:
&*&*&*&*&*
“O QUE
NÃO PODE SER”
(Scott
B. Coffe)
O gago,
devorador de egos,
corrompe
todas as línguas.
É gago e
não se cala, é gago
para
engolir as cadências.
O galo,
fazedor dos dias,
é ouvido
nas residências.
É galo e
nem o sabe, é galo
para
fazer os dias nascerem.
O gato,
andante mundano,
prepara
o salto sobre a morte.
É gato e
mia sem pensar, é gato
e nenhum
homem o calará.
&*&*&*&*&*
“som
de alegria.”
(Cachorro
de Rua)
o
que não pode calar
está
na cara
está
no olhar
e
a fome
a
falta dum lar
e
a dor de sentir, dor sem sarar
e
a indiferença
a
falta de carinho
o
que não pode calar
e
a torcida do fogão
e
ninguém cala esse nosso amor...
o
que não pode calar
e
o som da alegria
um
sorriso de criança
o
que não pode calar
e
a música da vida que nos faz dançar.
&*&*&*&*&*
“Estagnada”
(Bené)
Me
sinto uma idiota
nesse
berço esplêndido
Vendo,
do lado de lá
as
formigas em suas
caminhadas.
Vejo,
aqui,
o
povo que vai votar
em
rebanhos.
Diante
disso, não calo
minha
gargalhada
de
hiena estagnada.
&*&*&*&*&*
“DUAS
ESTROFES PARA O NÃO SILÊNCIO”
(ERATO
POETA)
Não
pode ser calado o que é puro movimento.
A
ópera das águas,
o
crepitar do fogo,
a
ária do vento.
A
repetição crescente das horas,
a
cantiga do tempo,
o
silêncio, motor do pensamento.
Não
pode ser calado o que é puro sentimento.
O
gramofone das lembranças,
o
realejo dos desejos,
a
lira sonhadora das crianças.
A
palpitação lírica das paixões,
a
canção dourada da aurora,
o
ontem, partitura da memória.
&*&*&*&*&*
“O
que não Pode Calar”
(Turrinha)
A
voz rouca do boi-homem
nos
abatedouros diários
do
sistema de Sistemas Únicos.
A
arte tatuada e esquartejada
pendurada
nos açougues e IMLs
servida,
nos jornais, como carne de segunda.
A
poesia deglutida à seco
nos
guardanapos, tira-gosto
para
a pinga que faz minguar
a
depressão nossa de todo dia
na
mesma toada em que míngua
o
salário dos poetoperários.
Os
sonhos e a vida
penhorados
nas filas dos ônibus
enumerados
nas catracas/maracás
que
marcam o ritmo dos solavancos
dança
de marmitas e vazios
estômagos
revirados em náusea.
A
súcia de vates gauches
bárbaros
que regurgitam
versos
violentados, quebrados
na
cara gorda dos néo-Senhores-de-Engenho.
A
música pós-concreta dos marteletes
que
esfacelam, conjuntamente, pedras
e
homens (pó-de-concreto.)
O
berro do boi-homem
manietado,
marcado, negociado
nos
currais (onde se curra) – guetos,
desse
gado magro que somos todos nós!
&*&*&*&*&*
"Sim"
(Sofia
Amundsen)
Sim,
nós
estamos felizes.
Estamos
agradecidos por vivermos aqui
...
viemos de longe
e
é saboroso o apontamento em nosso fígado
nos
dizendo onde chegar.
ensinando
a nunca parar
de
esvaziar os sentidos,
criando-nus
nossa raça,
mulheres-pedra-serpentina
a
moralidade da pedra
em
sujeitos móveis,
a
tranquilidade d'água em fluir.
Sim,
é
saboroso ver os enganos tão evidentes
a
todos escancaram-se as portas do Sol
E
alguns são estuprados por Sol
ainda
assassinados pelo Sol
e
outros abandonados
Mas
o Sol não deixa de falar
na
linguagem de aquecer e esfriar
onde
está o seu caminho.
E
é tão claro seu idioma
que
só o enxergam os mais vazios
com
os olhos da face arrancados
as
crianças
pingam
nas poças da chuva,
se
esparramam se fazendo aurora
boreal.
Sim,
o
mal agora é tão somente ignorância
de
um princípio, um meio e um final.
&*&*&*&*&*&*
“O
QUE NÃO PODE CALAR”
(
J )
É
a voz do povo
A
declamação do poeta
Uma
declaração de amor.
A
dor fingida transformada em poema.
Quero
declamar uma poesia
Uma
trilogia, talvez um soneto
Um
ímpeto de versos
Com
sopros de rimas
Anima
a língua e os escritos.
Mudo,
surdo e calado
Ao
lado do corpo falam as mãos
E
o coração através do olhar
Calar,
por que ?
Se
o mundo quer escutar!
&*&*&*&*&*
“Estação
Calada”
(Andrade)
A
linha férrea
A
hera terrestre
Reconquistando
seu território.
Valise
na mão
A
espera pelo passado
E
nem ponte,
nem
poste,
nem
pasto -
Fica
o olhar lânguido
A
percorrer os trilhos.
...
O
outono decai,
Varre
folhas ocres
E
a poeira dos bons tempos.
Hoje
-
Marias
Desfumaçadas
Já
não há Bandeira,
A
boca esfumaça o frio
Dessa
Estação...
Acabou
‘café com pão’.
Só
se aproximam
Os
vagões da nostalgia
In
loco(emotiva).
Fornalha
acesa
A
lágrima percorre os trilhos
Da
face centenária.
.
.
.
O
que não se cala
São
os ruídos da memória
Que
ecoam no coração.
&*&*&*&*&*
“MEDITAÇÕES
FILOSÓFICAS”
(Annie
Alexandre Guerra)
A
boca que tortura e amarga tuas linhas
é
uma puta velha e louca.
Beija
e cospe em teu rosto,
lança
palavras como flecha,
e
atinge alvos mais contidos.
É
a mesma boca que pode ser calada apenas
quando
tu encontrares para ela
um
significado claro e distinto.
&*&*&*&*&*
“O
que não pode calar é surdo”
(Reyú
Maôro)
A
escrita está para a poesia
Assim
como a partitura está para a música.
A
primeira não é necessária para o surgimento da segunda,
Mas
é fundamental para sua perpetuação.
Se
bem que com gravador, celular, computador e toda a tecnologia...
O
poeta incapaz de calar,
É
Criação limitada ao utensílio da escrita
Às
vezes falta o ouvido ao Soberano das palavras,
Pois
os olhos faltam com a verdade.
Falta
ouvir do “eu poeta” a voz que canta.
O
silêncio se faz necessário para tal.
&*&*&*&*&*
“o que não pode ser”
(Dante Pincelli)
o que não pode ser
dito
nas fendas do tempo
desfaz-se aos poucos
o oco...
o laço mal feito
o peito enganado
o sentido
arquivado
a falta de gosto
o oposto...
o que não pode ser
dito
a transparência
envidraçada do peito
transmite em sons
possíveis
ao olhar irresistível
do puro-objeto do
falar...
o encantar.
a cama desarrumada
o copo vazio
a roupa suja
a cárie
o coma
o beijo negado
suores correntes
o esquecer...
o que não pode ser
dito
nem pode ser escrito
nas entrelinhas de um
samba
nunca se cala...
breque!
...
Voto na belíssima poesia do Andrade,'Estação Calada'. 59 pontos!
ResponderExcluirEu ate gostei do poema de Sofia (Amundsen)mas, o final ficou muito Raul Seixas " o princípio o fim e o meio" ficou um pouco igual... Mas ficou bom.
ResponderExcluir(Annie Alexandre Guerra)Realmente ela não fugiu ao título, voltou-se bem a filo... O problema e não ficar subjetivo demais e perder a essência e clareza, mas ficou bom voto 50
(Andrade)o que aconteceu com você foi o mesmo que aconteceu com a Sofia, o ficou bem parecido com o poema de Manoel Bandeira, Trem de Ferro, "Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada" imitando o movimento e sonoridde do trem... Mas enfim, ficou bom.. se nao fosse isto, estaria ótimo... Parabéns a todos.
ResponderExcluirVou ficar com o Scott, dessa vez ele foi sutilmente genial.
ResponderExcluirMas voto no Andrade com 56,5.
ANDRADE,
ResponderExcluirPercorri os trilhos, percebi o silêncio e o vazio de uma poesia que não quer ser calada. Esse é o momento em que ela abre o seu mundo interior, são os seus olhos languidos que refletem uma postura diante da vida: a viagem sem as marias desfumaçadas seguem agora caminhos desconhecidos, se configurando em uma vida sem roteiros: passou poste, boi, pontes, inclusive o Bandeira passou e deixou saudades; foram juntos com a poeira dos bons tempos. Eis que a sua poesia que não quer dialogar com o tempo, antes quer com ele guerrear...
PARABÉNS!
O poema desse ANDRADE foi uma das coisas mais lindas que já li. Voto 57 nele!!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Sobrado 70, orgulhosamente apoia este blog, parabeniza os poetas, jurados e a organização deste concurso e avisa que iniciará as atividades culturais de 2012 comemorando 1 Ano de vida! Será exibido o filme "Carola: música para os olhos" no Cineclube70 e em seguida o bloco "Cartola é do Catete" fará uma apresentação, no repertório, clássicos de Cartola e o samba exaltação de Dante Pincelli.
ResponderExcluirSerá servida a famosa feijoada vegetariana do Chef70!
Dia: 02/06
Hora: 19h
Local: Sobrado70 - Rua Bento Lisboa, 70A, Catete - RJ
Telefone: (021) 2225-2160
O Cachorro pegou raiva e babou na poesia.
ResponderExcluirA Sofia emergiu pra tomar fôlego e respirou fundo, revirando tudo.
A Turrinha girou a minha cabeça.
o Erato etá correto.
O Scott, com gelo, gelou minha espinha com doçura.
Mas foi o Andrade que me conquistou.
Já ganhou!
Erato Poeta - 60 pontos
ResponderExcluirEu voto em Andrade, com 56 pontos.
ResponderExcluirVoto em Andrade com 55 pontos.
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