terça-feira, 30 de agosto de 2011

"de tudo um pouco"


pura poesia

se serve fria

se come em cortes

se degusta lento

manjá dos céus.


poesia crua

sem reboco

revela o oco,

o âmago

do poeta nu.


poesia por um fio

trapezista sem rede

mergulho no vazio

arrepio da platéia.


poesia galéia

mistura sã,

heteromogênica,

marido e irmã

ímã do olho vago.


poesia de trago

pinga no papel

mareia os sentidos

fumada às cinzas

cheirada pela carreira.



2011

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