parto do porto dos teus olhos
em nau de velas cheias
quase naufrago imprudente
no mar vermelho da tua boca.
circundo o arquipélago
dos seios de bujarrona
rodamoinho no umbigo
sigo singrando
por negras algas
até à gruta alagada
encimada por farol.
já no outro oceano
maremotos alquebram
a mim e ao meu barco
frouxos, fracos
e lá, no abismo abissal
já não há velas
nem convés
nem casco
restou de pé
o mastro.
maravilha! Navegar é preciso, viver não é preciso...
ResponderExcluirparabéns pela trajetória no concurso!
Marcelo
ASTH, afinal, estamos na final.
ResponderExcluirSuper poesias para o leitor mais desatento.
Chuva de poemas.
Mudança repentina de maré
ResponderExcluirtempestade à vista talvez
sem fôlego e submerso em desejo
sou náufrago em teu corpo outra vez.