terça-feira, 15 de maio de 2012

I Concurso Língua'fiada de poesias (Luminária, Pretensioso e Aglomerar)


Para a próxima rodada os poetas devem fazer seus poemas com o tema:


“O que não pode calar.”


E enviar até às 23: 59 h
De segunda feira, dia 21/05



XXX




Tarefa árdua esta de escrever sem tema, sem título, sem imagem, só com 3 palavras que parecem não se combinarem, não têm nexo, não faz sentido... Mas como dizia

 Torquato Neto:

 “o poeta é a antena da pirraça.”



XXX



Outro nordestino porreta, este um piauiense
surgiu e desapareceu cadente feito um astro,
veio só para 'desafinar o coro dos contentes'
era Torquato Neto, que apitava até no teatro.


Tornou-se um viciado e dependente químico,
porque um mundo careta recusava encarar.
O 'Anjo Torto' passou por vários hospícios
e, cheio de tudo, ainda jovem resolveu 'voar'.


Articulou ainda no cinema, música e literatura,
virou um ídolo dos 'porras-loucas' brazucas,
e a geléia geral das artes foi seu ecletismo.


Compositor, jornalista e papa do Tropicalismo,
trabalhou sua genial originalidade com lirismo,
cavaleiro e compositor da tropicalista figura.
(Escrito por Ronaldo Coelho Teixeira-












“os seres bioluminescentes que vêm à tona do mar”


(Paulo Acacio Ramos)


a luminária dos teus olhos...
pretensioso sol estrábico
a aglomerar borboletas
bruxas
luz..



&*&*&*&*&*


Atenção:



O poeta vencedor dessa rodada, assim como quem comentar ‘logado’ e acertar o vencedor da rodada e mais se aproximar do total de pontos (de 24 a 60), ganharão prêmios surpresa.





Nota²: O Poeta Emanuel Ferreiro

 abandonou a competição alegando

 problemas pessoais.







&*&*&*&*&*&*&*&*&*
Os concorrentes:
&*&*&*&*




“Flechas Iluminadas”



(Bené)


Se deres as costas
Para a luminária
Verás a tua frente
Sombras aglomerar


Então o pretensioso cupido
Atacará com suas flechas
De luz.






&*&*&*&*&*



“E = MC²”



(Cachorro de Rua)



a luminária do prazer acende a alma
o palco onde um pretensioso
sentimento encena mais uma cena
a percepção viaja além do ser
um desejo
um sonho
ilusão de ótica
vida pós morte
ou vida pós vida
a bússola aponta para o norte
fico arrepiado só de pensar
em todas as coisas
que a luminária da vida
quer nos mostrar
truques de mágica
E=MC2
TUDO É RELATIVO
cavalgar num raio de luz
rompendo o tempo
embriões voadores fecundam minha mente
numa alquimia a aglomerar felicidade.....





&*&*&*&*&*




(Atenção: a poesia a seguir, forma com
a palavra elevador uma seta apontada
para baixo e outra para cima, como a
 formatação do Blogger não colabora,
achei melhor escrever esta mensagem.)







“Poesia Elevador”




(Reyú Maôro)





(Use o elevador com moderação)



E
L
E
V
  A                      A                        A
                                        D                D                 D                                                                                                        
 O         O          O
R    
                                                                                                                                                                                                                                 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         




Simplesmente
Subindo e
Descendo


O pretensioso poeta
Domina
A dor
Como utensílio.
O Soberano das palavras
Apaga e acende
A luminária de sensações


Além,
Leva e Transmite muito
O discurso do Poeta;
Só faz isso a Poesia.
E como sempre, não
É mais do que transporte
De idéias que se aglomeram


Ao sublime
Da carne
A Poesia
Eleva
A Dor
Que deveras sou.
O ser
Constrói



A Dor que deveras finjo


 E
 L     L      L
 E         E           E
V               V                V
   A                  A                     A
D
O
R

(Aperte para subir)




&*&*&*&*&*



“AS SOMBRAS DO ORGULHO AGLOMERADAS”



( J )



LUMINÁRIA
Ilumina sombra que me assombra
Na penumbra que me apavora
Arvora-se o tempo em trapaças
Ameaças escotofóbicas me devoram
Afloram o medo abstrato
Extrato do fundo da alma
Amálgama do cinza e preto
Secreto, discromatopsia em confronto
Desaponto, mera coincidência incolor
A dor fóbica inexiste
Na triste reclusão deste mancebo.


PRETENSIOSO
Silêncio do soberbo
Acerbo oculta a face
Disfarce da ilusão
Refração em taça de cristal
Do imortal estereótipo megalômano
Insano rascunho grafitado
Encastelado em trono de areia
Vagueia emplumado de arrogância
Albergaria no reino sem coroa.


AGLOMERAR
Corpos suados
Untados para o sexo
Anexo ao contexto vaginal
Capital do pecado é cá
Ali ou acolá
Apraz o prazeroso
Ocioso sem o ato
Insensato vai sesta
E a fresta, abandonada.




&*&*&*&*&*&




“CANTO DE QUARTO”


( Annie Alexandre Guerra)


                                                    

Com a luminária acesa

ela via-se encostada

passando a mão pelos cabelos.




Das infinitas fantasias,

aglomerava-se nos fios cada

pensamento pretensioso.




Seu desatino evidenciava

uma alma, tão adversa quanto

a dos seres do jardim das delícias terrenas.





&*&*&*&*&*




"A Praça do Sol"


(Sofia Amundsen)



A praça acesa em chama
me chama pra dançar.
Braza do anseio, enxame
enxadas antigas no ar.


A praça abraça
os acessos da cidade.
Luminária é o Sol
de todas as idades.
A fraca marcha segue
aglomera e já é forte.


Esse povo pretensioso
quer ser feliz aqui.
Impacientes com o paraíso
querem por si construir.
Fazer o que for preciso.


E a moça brada
os excessos da metrópole
comida e água
desigualadas no norte
a praça abraça
o que está por vir.




&*&*&*&*&*




“ORBIS TERTIUS”


(Scott B. Coffe)


Um duplo de mim
me olha do espelho.


Ah, que espanto!
O horror derradeiro:


ver um outro eu
com o qual me assemelho.


Pretensioso, o eu,
deste lado do espelho


imagina ser ele
o meu eu verdadeiro.


Porém uma luminária
num tom de vermelho


só existe para mim
na imagem que vejo.


São meus os reflexos
aglomerados no espelho


de um outro eu
que de mim é herdeiro.




&*&*&*&*&*&





“SÚDITO CADUCO”


  
(Erato Poeta)




Lavo as minhas mãos com sabão de esquecimento
e contemplo rios que passam dentro de mim.
Pretensioso, provo cascas amarelo-melão
como se comer de um acre amargor,
fosse mesmo sorver fartos favos de amor.
No amiudar da noite as mariposas namoram a luz da
luminária
e sobrevoam o facho que desenha no escuro uma etérea
escultura.
Através da claraboia do desejo,
vejo aglomerar nuvens de prazeres.
Ais de contentamento, brancos véus de encanto.
Soa em mim uma profusão de passarinhos.
Escrevo poemas de voos,
de cantares,
de aconchegar em ninhos.
Banho-me em lagos onde habita a palavra espelho.
No escuro do esquecimento sou rei, sultão, eunuco.
Sou súdito caduco.



&*&*&*&*&*





“Vida e Destino: Angustias de Efemeridade”



(Turrinha)





Teias e tramas

Aglomeram-se em minha cara

Pelo firme traço

Do buril do tempo,

Tanto mais se encurtam

E esmaecem as linhas

De minha mão...

A cigana, cega e louca,

Tateia nas trevas

Apagada luminária nas mãos

A errar a escrita

No roteiro de minha sina...

O barro do chão

Matéria pútrida de que fui feito

Trinca-se, esfacela e se expande

Deixando vazar o sopro divino

A outra parte que me compõe...

Na debilidade progressiva dos sentidos

Quanto mais moucos meus ouvidos

Mais próximo o silvo

Da gadanha do ceifeiro...

Tão pretensioso dizer-se vivo,

Se se more, a cada segundo,

Milênios de ausência!





&*&*&*&*&*





“Aglo (mera) ação”



( Andrade)



Aglomeram-se as pessoas
Numa rua de São Paulo.
Ao longe, um homem, uma lente,
Um clique.
O flash se dissolve
Na fuligem das respirações
Nos passos engraxados
Dos patrões
No pranto contido
Das demissões
Vai além dos estrangeiros
Que rumam (para onde?)
Lado a lado,
Gado a gado.


Revela-se o grande amor
Na face de uma fotografia
Que nasce instantânea
Nas mãos do homem.


A foto: cartas embaralhadas.
Valetes ambulantes,
Reis destronados,
Rainhas de Copas
Que decapitam os próprios sonhos
Indo para o trabalho.


Procurando Wally,
No escuro do quarto,
À claridade da luminária:
Quem naquela fotografia
Lê poesia?


Aquela que sorri, talvez.
Traços nipônicos,
Os olhos comprimidos
De quem não se importa
Com os ombros esbarrados,
Os ruídos.
Um sorriso inteiro em meio
Ao nada tumultuado.


Por que aquele sorriso?
Teria recebido uma ligação,
Comprado sapatos em liquidação,
Promovida,
Movida,
Vida,
Ida
?


Volta.
É uma simples mortal
Que sorri a toa
Como não reparar no cinza...
Na garoa!
Tão São Paulo.
Mas essa moça...
Sorrindo tudo no meio do nada
Que tem de tudo.


Amor fotogênico,
Foto no mural
Das utopias.
Um dia esbarrar em teu sorriso
Na calçada, saindo de uma padaria,
Quem sabe esse pretensioso dia?


Revelou-se um amor
De um ângulo,
Um clique,
Um flash.
...
Nasceu de uma
Aglo (mera) ação.




&*&*&*&*&*





“beijo na fronte”


(Dante Pincelli)



sem piscar,
a luminária do tempo
inflige frestas
na festa da visão.



no curto espaço
entre o aglomerado
do afã da sede
e o beijo largo
que molha minha fronte,
um pretensioso amor
fere meu desejo.


todo eu sou o que escorre
sonho abaixo.

12 comentários:

  1. Arrisco me palpite em Bené com 54,5.

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  2. aposto no Scott B. Coffe: 55,5

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  3. Erato Poeta - 57 Pontos

    "Banho-me em lagos onde habita a palavra espelho."

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. "Um clique.
    O flash se dissolve
    Na fuligem das respirações
    Nos passos engraxados
    Dos patrões"

    Lindo isso Sr Andrade.

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  6. Obrigado, Sr. Anônimo!

    Abs,

    Andrade.

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  7. é Andrade, você arrasa muito!
    fico com você com 57 pontos

    o poema "a praça do sol" de Sofia também me agrada muito!

    pai se eu pudesse votava na sua!
    linda demais

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  8. Scott B. Coffe meu querido, você voltou muito bem mais uma vez Parabéns. bjs.. voto 56.
    Parabéns a Todos.

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  9. Pena que não tenho conta gugou pra comentar ligado nessa coisa.
    Mas o ISCOTI é profissional.
    Aposto nele com 57,5

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  10. “Aglo (mera) ação” do Andrade é minha aposta !

    abs a todos os maravilhosos poetas.... no próximo evento eu vou concorrer , aguardem-me!
    beijos

    Regina Dalston

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  11. 58 pontos para o Andrade! beijos dobrados...

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